14 de junho, de 2011 | 00:00
Pontes provisórias em 10 dias
Estruturas metálicas estão sendo instaladas pelos soldados do Exército sobre o rio das Velhas
DA REDAÇÃO O Exército Brasileiro deu início, neste fim de semana, à instalação da segunda ponte metálica sobre o rio das Velhas, no km 454, em Sabará, Região Metropolitana de Belo Horizonte. A estrutura vai funcionar provisoriamente até que a ponte definitiva seja concluída. No início deste mês, outra ponte provisória nos mesmos moldes já havia sido instalada no local.
Cada estrutura metálica será capaz de suportar veículos de até 60 toneladas.
A passagem exigirá certo cuidado dos condutores, por permitir a travessia de apenas um veículo por vez. Além disso, a velocidade contínua deve ficar entre 20 e 30 quilômetros por hora, sem poder frear durante a travessia.
A previsão do Exército é que dentro de 10 dias a segunda ponte provisória já esteja liberada para o tráfego de veículos. Uma passarela para a travessia de pedestres também foi implantada na área, no início do mês passado.
Foram empenhados para a construção da nova ponte provisória, que é oriunda de Santa Catarina, cerca de 60 soldados. Esses militares se juntam aos outros 70 que participaram da instalação da estrutura anterior, que veio do Rio de Janeiro.
As travessias possuem, cada uma, 42,4 metros de comprimento por 4,2 metros de largura e foram instaladas paralelamente. A M. Martins Engenharia fez a fundação da estrutura e construiu as vias de acesso viário dos paliativos. A empresa é a mesma responsável pelas obras da ponte definitiva, com previsão de ser finalizada em outubro deste ano.
Definitiva
A M. Martins Engenharia, empresa do Grupo Aterpa, iniciou o processo para construção da nova ponte sobre o rio das Velhas no dia 2 de maio. Segundo informações da assessoria de Imprensa da construtora, o custo do empreendimento foi orçado em R$ 29,5 milhões e compreende a demolição da antiga estrutura, retirada de escombros, instalação de uma passarela provisória para pedestres, implantação da fundação e vias de acesso para uma ponte provisória e entrega da nova ponte.
A empresa foi contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em caráter emergencial, o que dispensa a realização de licitação, com prazo máximo de 180 dias para execução da obra. A obra definitiva será executada em estrutura mista (metálica/concreto) e terá cerca de 210 metros de extensão, atendendo às normas e exigências atuais para obras de arte especiais. Serão três pistas de rolamento que totalizam 16,3 metros de largura, que vão consumir 1,7 mil metros cúbicos de concreto armado e 620 toneladas de aço na estrutura metálica, fornecidas pela Usiminas Mecânica. A obra deve proporcionar a criação de aproximadamente 120 postos de trabalho.
Desvio de Santa Luzia dificulta trabalhos
Os transtornos provocados pela interdição da antiga ponte situada sobre o rio das Velhas trouxeram consequências para as transportadoras de Ipatinga. As empresas foram orientadas a fazer um desvio pelo município de Santa Luzia, para quem saísse do Vale do Aço sentido a Belo Horizonte.
Segundo Élcio Soares Martins, gerente da Viação Presidente em Ipatinga uma das empresas de transporte de passageiros que faz o trajeto Vale do Aço/Belo Horizonte , percebeu-se uma diminuição no fluxo de usuários. O aumento no tempo de viagem acabou afetando a quantidade de passageiros. Assim, aqueles que têm compromissos inadiáveis continuam usando normalmente, mas no caso daqueles viajantes mais esporádicos, diminuiu. Eles acabam procurando outras alternativas”, revelou Élcio.
O gerente disse que houve um aumento médio de duas horas no tempo de viagem entre Ipatinga e a capital mineira. Anteriormente, o tempo gasto era de aproximadamente 4h. Com o desvio, a viagem chega a durar até 6h, principalmente no fim de semana ou horários de pico, quando o tráfego aumenta consideravelmente em Belo Horizonte.
A gerente administrativa da Eureka Transportes, Ana Paula Braga, falou que a empresa fez algumas adequações. Como o desvio é inevitável, a gente passou a deixar claro nos contratos que existe a possibilidade de atrasos na entrega. Mas as pessoas estão bem informadas sobre isso e não tivemos nenhum tipo de problema”, finalizou.
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