
18 de maio, de 2011 | 00:00
Estrada-Parque em Marliéria já engoliu” R$ 6 milhões
Comissão da ALMG visita trechos de obra cujo atraso tem motivado inúmeras reclamações
MARLIÉRIA Integrantes da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realizaram uma visita técnica à Estrada-Parque Bispo Dom Helvécio, com a finalidade de constatar a situação do local. De acordo com o deputado estadual José Célio Alvarenga, o Celinho do Sinttrocel (PC do B), já foram gastos cerca de R$ 6 milhões pelo governo do Estado, mas o cronograma da obra continua atrasado.
A visita técnica, solicitada por Celinho na segunda-feira (16), constatou uma série de danos ambientais que deverão ser recompostos ao final das obras. O grande problema, no entanto, é exatamente precisar o término das obras. Prevista para ser concluída em abril de 2011, a construtora Oriente, responsável pela obra que faz parte do programa ProAcesso, só conseguiu concluir 40% do projeto. Devido a este atraso, houve uma prorrogação do prazo para dezembro deste ano.
Celinho tem dúvidas quanto ao cumprimento do novo prazo pela empresa. Ele avaliou que os 60% restantes da obra encontram-se, exatamente, nos trechos mais complexos da estrada. "Se em dois anos eles fizeram apenas 40%, quanto tempo vão levar para concluir? Temos que cobrar uma resposta da Oriente", enfatizou o deputado.
O parlamentar lamentou a ausência da empresa na visita da Comissão de Transporte da ALMG. Todas as explicações técnicas ficaram a cargo do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), representado pelo coordenador regional do órgão, Nívio Pinto de Lima, e dois engenheiros do setor de fiscalização do órgão.
Notificações
Conforme a assessoria do deputado, o coordenador do DER revelou que a Construtora Oriente já recebeu oito notificações do órgão por motivos diversos, que vão do descumprimento do cronograma de execução das obras a danos ambientais provocados por negligência.
O coordenador explicou ainda que, diante de novas demandas apresentadas e visando, sobretudo, a contenção de desmoronamentos em alguns pontos, a obra terá de ser aditada, com um acréscimo na verba do projeto que, inicialmente, foi orçado em R$ 17 milhões. O aditamento é outra preocupação do deputado Celinho do Sinttrocel. Segundo ele, se o investimento excedente ultrapassar 25% do projeto inicial, será necessária nova licitação, o que poderá atrasar ainda mais a conclusão dos serviços.
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