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29 de abril, de 2011 | 00:00

Usiminas lucra R$ 16 milhões

Valor foi registrado nos três primeiros meses de 2011; investimento no período foi 5% maior

Wôlmer Ezequiel


PLANTA USIMINAS


IPATINGA - A Usiminas encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro de R$ 16 milhões, valor 94% inferior ao registrado na soma dos últimos três meses de 2010. Os principais fatores que impactaram este resultado foram as perdas cambiais de R$ 125 milhões registradas com a venda da participação acionária da Ternium, a pressão dos custos das matérias-primas e o câmbio favorável às importações.
A companhia registrou Ebtida de R$ 337 milhões nos três primeiros meses deste ano, 1,4% superior ao trimestre anterior. A margem Ebtida foi de 11% – crescimento de 0,2% na mesma base de comparação. Já a receita líquida também permaneceu em linha, com decréscimo de 1% no período, totalizando R$ 3,1 bilhões.
Entre janeiro e março, a produção de aço bruto nas usinas de Ipatinga e de Cubatão (SP) foi de 1,8 milhão de toneladas, o que representa um aumento de 12% em relação ao quarto trimestre do ano passado. A produção de laminados foi de 1,7 milhão de toneladas, 8% acima em relação ao contabilizado no período anterior.
As vendas físicas totais da Usiminas neste ano alcançaram o volume de 1,6 milhão de toneladas, 1% superior ao registrado entre outubro e dezembro de 2010. Para o mercado interno foram destinadas 1,2 milhão de toneladas, número 15% superior quando comparado ao trimestre anterior.
Em função deste foco maior no atendimento da demanda interna, as exportações neste ano foram de 0,4 milhão de toneladas, decréscimo de 30% em relação ao período anterior.
 
Mineração
A produção de minério chegou a 1,6 milhão de toneladas, 10% inferior ao apurado no trimestre passado. Pouco mais de 1 milhão de toneladas produzidas foram transferidas para as usinas de Cubatão e Ipatinga, representando ganhos de 6% em relação ao quarto trimestre do ano passado. Para este ano, a estimativa de produção é de 8 milhões de toneladas e exportações da ordem de 1 milhão de toneladas.
 
Foco
O primeiro trimestre de 2011 representa um importante passo para a Usiminas na consolidação de sua estratégia de investimentos, que prevê um aporte de R$ 2,8 bilhões em 2011. No primeiro trimestre, a empresa registrou um volume de investimento de R$ 1 bilhão, aumento de 5% em relação aos últimos quatro meses de 2010.
Entre os projetos está a nova linha de galvanização, que será inaugurada ainda no primeiro semestre deste ano na usina de Ipatinga. O projeto vai ampliar em 550 mil toneladas a capacidade instalada de produção de aços galvanizados para a indústria automotiva, de linha branca, construção civil e distribuição. Outro destaque é a continuidade das obras do novo laminador de tiras a quente, na usina de Cubatão, que terá capacidade para adicionar 2,3 milhões de toneladas de laminados a quente à produção anual da empresa.
      
Otimização
A Mineração Usiminas projeta atingir a capacidade produtiva de 12 milhões de toneladas anuais de minério de ferro, até o final de 2012. O volume representa um crescimento de aproximadamente 70% sobre o patamar atual de 7 milhões de toneladas anuais.
Para isso, a subsidiária iniciou uma agenda de investimentos de R$ 550 milhões, a partir deste ano, em duas novas plantas para a concentração de Sinter Feed e Pellet Feed. Os investimentos totais para os próximos quatro anos são estimados em R$ 4,1 bilhões, o que elevará a capacidade de produção a 29 milhões de toneladas de minério de ferro em 2015.
Dando continuidade à estratégia de verticalização de sua cadeia de valor, a Usiminas vai otimizar o consumo atual de energia elétrica com o objetivo de tornar-se autossuficiente neste insumo até 2015.
Entre as alternativas analisadas para este fim, estão investimentos em tecnologias e processos de otimização do mix de combustíveis e cogeração, que permite alto aproveitamento do passivo de energia térmica gerada por combustíveis, além da participação em ativos de energia.
Após a inauguração da coqueria 3, em 2010, que ampliou a capacidade de produção em 750 mil toneladas de coque por ano, o próximo passo da Usiminas em direção à eficiência por esse tipo de insumo é a reforma da coqueria 2. O projeto será executado em 2011.
 
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