15 de abril, de 2011 | 00:00
IMA prepara captura de morcegos na região
Trabalho visa prevenir transmissão da raiva por meio dos animais
IMA
CAPTURA MORCEGO
A caça terá continuidade até o dia 20 de abril em cavernas e túneis de lavras desativadas, com o objetivo de reduzir a população de morcegos.
Segundo o médico veterinário do IMA, Gustavo Sturzenecker Moreira, as capturas compreendem em localizar as colônias destes morcegos e prender os bichos por meio de rede ou puçá. Depois de imobilizados, os morcegos recebem uma aplicação de veneno.
“Passamos uma pasta contendo uma substância anticoagulante conhecida como pasta vampiricida nas costas destes morcegos e, posteriormente, eles são soltos no mesmo local”, explicou.
Devido ao hábito de lamberem uns aos outros para se higienizar, todos os morcegos da colônia têm contato com a pasta vampiricida, causando o extermínio dos animais. De acordo com Gustavo Sturzenecker, a média de apreensão é de 90 morcegos hematófagos em cada abrigo. “A captura não inclui os morcegos classificados como frutíferos, que são importantes para a cadeia alimentar” completou.
Conhecidos como morcegos vampiros do gênero Desmodus rotundus, os hematófagos são responsáveis pela transmissão da raiva para bovinos, equídeos, suínos, caprinos e ovinos.
A transmissão da doença é pela saliva no momento em que mordem os animais para se alimentarem de sangue. Os abrigos preferidos estão em propriedades rurais e locais de exploração de jazidas de pedras preciosas.
Denúncias
O programa de apreensão dos animais é feito em média uma vez por ano, mas o produtor que tiver conhecimento sobre a existência de abrigos de morcegos hematófagos em sua propriedade ou em localidade próxima, deve entrar em contato com o escritório do IMA e agendar a visita dos técnicos. O órgão lembra que a captura dos morcegos hematófagos só pode ser feita por pessoas treinadas, vacinadas contra a raiva e com os devidos equipamentos de proteção.
Prevenção
O IMA recomenda a vacinação em todo o gado contra a raiva, uma vez por ano, em rebanhos de regiões de baixo risco. E de seis em seis meses, em regiões com alto índice de mortes de animais por raiva e rebanhos com grande número de mordedura de morcegos hematófagos. Para os animais que nunca foram vacinados contra a raiva, a segunda dose deve ser aplicada 30 dias após a primeira vacina.
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