12 de março, de 2011 | 00:00

Apreensão na colônia nipônica

Familiares de japoneses em Ipatinga preocupados com devastação e parentes que moram do outro lado do mundo

Kyodo/Reuters/ Estadão


TSUNAMI JAPÃO2

IPATINGA – Para muitas famílias de japoneses que moram em Ipatinga, e têm parentes no Japão, a sexta-feira foi de apreensão em busca de notícias dos seus familiares.
Muitos não conseguiram, até a tarde de ontem, contato com as cidades nipônicas porque a rede de telefonia foi atingida. Outras pessoas já ligaram do Japão para informar aos parentes que estão bem, o que no caso é um alívio.
 
O DIÁRIO DO AÇO ouviu na sexta-feira (11) a japonesa Yoshico Honda, que mora em Ipatinga e tem uma irmã na província de Aichi, atingida apenas pelo tremor de terra, sem maiores consequências.
Ela relata que Toshico Suenaga é servidora municipal na cidade de Hekinan, que fica bem distante do nordeste do país, mas sentiu o abalo de 20 minutos em seu local de trabalho.
“Toshico fez contato por telefone, à meia-noite, e disse que não conseguia parar de pé durante o tremor. E que o governo japonês alerta a todo instante, por meio de mapas, onde estão localizados os abalos. Além disso, orientou as pessoas a dormirem com os sapatos e uma bengala ao lado da cama, caso precisem sair de suas residências com urgência”, declarou Yoshico.
 
O Ministério da Defesa do Japão informou nesta sexta-feira (11), que o terremoto de magnitude 8,9 na escala Richter, que atingiu o nordeste do país, ontem, deve ter deixado mais de mil mortos. Segundo a agência Kyodo, a cidade de Sendai, com 1 milhão de habitantes, foi a mais atingida pelo terremoto.
Dimensão
Conforme divulgado pela Agência Estado, o terremoto desta sexta é o maior já ocorrido no Japão desde que os sismos começaram a ser registrados há 140 anos.
O tremor principal ocorreu às 2h46 de Brasília, com epicentro a 130 quilômetros de Sendai, na ilha de Honshu, e com profundidade de 24,4 quilômetros, na mesma região onde há dois dias ocorreu um terremoto de 7,3 graus, que não deixou vítimas.
Em Sendai, a água arrastou carros e barcos e cobriu plantações. Ondas com cerca de seis metros de altura invadiram cidades da costa nordeste do país.
 
Oficialmente, a polícia japonesa informou que o número de mortes em decorrência do terremoto chegou a 133, 544 feridos e 350 estariam desaparecidos, de acordo com a agência de notícias oficial japonesa Kyodo. Aeroportos ficaram fechados e o serviço de telefonia interrompido.
 
Cerca de 8 mil militares foram enviados pelo governo à região atingida. De acordo com o Ministro de Exteriores, Takeaki Matsumoto, o executivo do país pediu ajuda aos EUA para que enviem seu efetivo no país para a área do sismo. Vídeo abaixo mostra a dimensão dos estragos na região Nordeste do Japão, banhada pelo Oceano Pacífico:
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