
27 de janeiro, de 2011 | 00:01
Gasmig assina contrato para fornecimento do GNV em Ipatinga
No município, posto da Usimec é o mais indicado para disponibilizar o combustível
IPATINGA O município poderá fornecer o Gás Natural Veicular (GNV) a partir do próximo ano. A Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) assinou, com a Petrobrás, o contrato para o fornecimento do combustível. Em Ipatinga, o posto Usimec, localizado na avenida Pedro Linhares, em ponto estratégico do trecho urbano da BR-381 próximo ao shopping, representa a bandeira a distribuidora Petrobrás.
No entanto, a direção do posto ainda aguarda a confirmação e as condições para a viabilização do empreendimento. A estatal detém 50% das cotas da Gasmig, o que facilita o investimento e a instalação dos equipamentos necessários ao abastecimento com o GNV no estabelecimento.
De acordo com a Gasmig, para que a companhia possa fornecer o combustível é necessário que o contrato esteja assinado há no mínimo seis meses antes. A previsão é de que, em 2012, o GNV já possa ser comercializado em Ipatinga.
Custos
O investimento para a comercialização de GNV acarreta em custos para o posto de combustível e também para o consumidor. Segundo a Gasmig, o custo para a instalação de um equipamento compressor para receber o gás natural é da ordem de R$ 1 milhão, o que deixa proprietários em dúvida sobre o investimento.
Além deste gasto, é preciso desembolsar ainda cerca de R$ 50 mil em uma caixa acústica, a fim de reduzir o ruído que a máquina produz.
O Brasil fabrica apenas um modelo de veículo que sai de fábrica com o kit do GNV, o Siena Tetrafuel, da Fiat. O carro roda com quatro combustíveis: gasolina, etanol, mistura de gasolina e etanol e GNV.
Já o condutor que queira utilizar o GNV em seu veículo terá que desembolsar em média R$ 2,6 mil. O kit é composto por redutor de pressão, válvula de abastecimento e mangueiras para a saída de gás e cilindro.
Depois de instalados os equipamentos o consumidor passa a ter mais um reembolso anual: uma vistoria no veículo que é feita pelo Estado e que custa em média R$ 600.
Economia
O gás natural veicular (GNV) é considerado a opção de combustível mais econômica e menos prejudicial para o meio ambiente. As vantagens vão desde a diminuição de emissão do gás carbônico (CO²), elemento prejudicial à camada de ozônio, até a economia direta no gasto com combustível.
Na prática, o mesmo carro que faz 10 km com um litro de gasolina, faz 7 km com a mesma quantidade de etanol e 13 km com 1 metro cúbico de GNV. Assim, com R$ 100, o motorista que abastecer o carro com gasolina a R$ 2,60 o litro, vai rodar 385 quilômetros. No etanol, com o litro custando R$ 1,60, o carro rodaria 438 kms. E com o GNV cotado a R$ 1,10 o metro cúbico, o veículo rodaria 1.182 quilômetros. O desconto de 60% concedido no valor cobrado pelo Imposto Sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) também é um grande incentivo.
A conversão do veículo para gás natural demanda o trabalho de uma oficina credenciada pelo Instituto Nacional de Metrologia e Normalização (Inmetro). No Vale do Aço, ainda não existe nenhuma empresa especializada na conversão dos motores. As mais próximas estão em Belo Horizonte. Conforme a Gasmig, no Brasil o consumo de GNV é tímido. Os mais interessados no combustível são os motoristas que rodam muito, como os viajantes e taxistas.
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