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27 de janeiro, de 2011 | 00:01

Restaurante Popular adota limite

Marmitex vendidos a R$ 1,50 estavam sendo comercializados a R$ 3 por atravessadores

Victor Tancredo


RESTAURANTE POPULAR


IPATINGA – Os usuários do Restaurante Popular que se dirigiram ao local para almoçar nesta quarta-feira (26) foram surpreendidos com um aviso informando, que a partir daquela data, a quantidade de refeições diárias seria fixada em duas mil. Apesar do contrato entre a prefeitura e a empresa alimentícia prestadora de serviços prever esse limite, desde quando o restaurante foi inaugurado, em 2007, a administração municipal arcava com as refeições excedentes. Segundo informações da concessionária Caipa, em média eram vendidos por dia 2,3 mil tickets.
Devido à deliberação da prefeitura, muitas pessoas não conseguiram almoçar no Restaurante Popular nesta quinta. De acordo com os usuários, as cabines onde são vendidos os tickets foram fechadas às 13h20, quando atingiram o número determinado. Antes, o Restaurante Popular já começava a vender os bilhetes válidos para alimentação às 10h30, funcionando até às 14h30.
A partir de agora, a bilheteria será fechada quando as duas mil refeições tiverem se esgotado.
Em nota, a assessoria de Comunicação da prefeitura informou que “recentemente, foi constatado que está havendo a revenda irregular de marmitex na cidade”. A refeição no marmitex, vendida no Restaurante a R$ 1,50 estaria sendo repassada por terceiros a preços que chegam a R$ 3.
Ainda em nota, a administração municipal acrescentou que “começa nesta quinta-feira (27) um processo de reestruturação do serviço, que será acompanhado de perto para não prejudicar à população”.

Surpresa

A nova determinação provocou revolta entre os freqüentadores que ficaram impedidos de almoçar. Eles questionaram a ausência de um aviso prévio, reclamando que teriam sido pegos de surpresa.
“Todo mundo tomou um susto na hora que chegou ao Restaurante Popular e viu aquele aviso pregado na parede, falando do limite de duas mil refeições. Tem gente que tem horário apertado para almoçar e deixa para ir mais tarde, aí quando chegou lá, ficou sem ter como comer. E tem muitas pessoas que necessitam almoçar ali por causa do preço, que é bem acessível”, contou o mototaxista José Lourenço da Silva.
Ele cobrou providências da administração municipal para evitar que essas pessoas que não têm condições financeiras para comer em restaurantes do Centro possam ter uma alternativa viável. “Hoje, no Centro, a média de preço de um marmitex fica entre R$ 5 e R$ 8. No ‘popular’ sai a R$ 1, um preço bem mais acessível.
A sugestão que fica para a prefeitura é que arrume uma solução para isso, porque tem muitas pessoas que não podem pagar os preços dos restaurantes. O que a gente quer é uma refeição digna a um preço que caiba no nosso orçamento”, desabafou o mototaxista.
Segundo ele, mesmo que não seja R$ 1, a prefeitura poderia estipular um preço mais acessível nas refeições que ultrapassarem o limite estipulado.

Defasado

A equipe de governo se reuniu recentemente junto ao Ministério do Desenvolvimento Social, quando foi constatado que, em Ipatinga, o valor da refeição estaria defasado. Em outras cidades do mesmo porte, os valores chegam a R$ 3. O investimento da prefeitura no Restaurante Popular chega a R$ 130 mil por mês, conforme a Secretaria de Assistência Social. 
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