
15 de janeiro, de 2011 | 00:03
Acompanhamento das obras na BR-381 terá suporte técnico
Instituto trabalha para subsidiar cobranças ao Dnit e ao governo federal
IPATINGA Uma série de ações deverá ser desencadeada nos próximos meses ao longo dos municípios que margeiam a BR-381 Norte, de Belo Horizonte a Governador Valadares. É o que propõe o Instituto Solar, de João Monlevade. O presidente do instituto, Clésio Gonçalves, percorre desde a semana passada os municípios da região em busca de apoio para a mobilização.O trabalho deverá abranger o acompanhamento das obras de duplicação e de paliativos enquanto as obras não saem do papel. O Instituto presta assistência à Frente Parlamentar pela Duplicação da BR-381 e vai realizar um estudo paralelo sobre as necessidades da rodovia. A proposta é dar subsídios técnicos à Frente para definir o que cobrar do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em relação ao cumprimento de prazos, adequações que se fizerem necessárias e fiscalização do que for proposto para a obra.
Em Ipatinga, Clésio Gonçalves apresentou o plano de trabalho do Instituto Solar aos representantes do poder público e do setor privado. Reunido com os presidentes da Associação Comercial, Gustavo de Souza, e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Márcio Penna, ele explicou que o instituto conta com o trabalho de um engenheiro e de outros profissionais para garantir informações respaldadas com o conhecimento específico de cada área.
Uma coisa é a gente olhar para um buraco na estrada, ou uma placa coberta pelo mato, e logo concluir que ali há algo a corrigir. Outra coisa são os cortes, as obras de arte, túneis, curvas e intervenções que só podem ser compreendidas e explicadas por um técnico”, esclareceu.
Para o presidente da CDL, Márcio Penna, a proposta deve ser avaliada com critério, sem intervenção partidária e ter a adesão de pelo menos a metade das 20 maiores cidades ao localizadas ao longo da BR-381 Norte. Além do poder público, a mobilização deverá envolver as grandes empresas da região como a Cenibra, Usiminas, ArcelorMittal, Nova Era Silicon, mineradoras, empresas de ônibus, transportadoras e outras que se utilizam da rodovia. O presidente da Aciapi, Gustavo de Souza, também destacou a importância de se manter as mobilizações em torno da BR-381, que se tornou um gargalo para o desenvolvimento econômico da região. Teremos que vencer, inclusive, o descrédito da população, porque muito se falou, muito se prometeu sobre essa estrada ao longo dos anos e muito pouco foi feito”, frisou.
Prática
Clésio Gonçalves destaca que a proposta do Instituto Solar é ancorada em três eixos: primeiro criar um polo de acompanhamento das obras de duplicação; segundo, fazer um diagnóstico da obra que será executada, prazos e propor paliativos enquanto a duplicação não sai. Para isso, o instituto já tem uma série de levantamentos de pontos críticos que precisam de sinalização, limpeza dos acostamentos e pontos de inundação de pista. Perto do Beléus (lanchonete em São Gonçalo do Rio Abaixo), por exemplo, há uma curva com duas faixas amareladas com ângulos diferentes. O motorista que entra naquela curva fica perdido. Onde começa uma pista e termina a outra? A faixa que deveria dividir as pistas não cumpre esse papel”, exemplifica.
Por fim, o Instituto Solar vai editar uma revista com pelo menos 100 mil exemplares para esclarecer aos usuários da BR-381 Norte sobre as vias alternativas em caso de acidentes ou obras com longas interrupções de tráfego. A título de exemplo, Clésio cita a MG-129, que interliga São Gonçalo do Rio Abaixo ao trevo de Itabira e a MG-434 que liga Nova Era a Itabira, com acesso ao trevo da BR-381 próximo a Bom Jesus do Amparo.
A proposta é traçar roteiros referenciados em localização por satélite (GPS) e informar as pessoas sobre as cidades, vilas, postos de abastecimento, borracharias, lanchonetes, restaurantes, farmácias e postos da polícia ao longo de estradas pouco conhecidas. É importante divulgar porque às vezes as pessoas ficam seis horas paradas por causa de um acidente, quando poderiam pegar as vias alternativas”, concluiu.
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