30 de setembro, de 2010 | 23:00

Pesquisa hidrográfica na área rural

Especialistas e estudantes participam da II Expedição do Ribeirão Ipanema

Tânia Rabe


WANDIRLENE, VINÍCIUS, VIVIANE E ALESSANDRO

IPATINGA - Com a presença de estudantes e representantes da comunidade, foi lançada na quinta-feira (30), no auditório da Faculdade de Medicina (Univaço), a II Expedição da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Ipanema, que irá percorrer a área rural de Ipatinga para levantar dados sobre as condições de saneamento básico e suas interferências no meio ambiente e na saúde da população.
A pesquisa de campo começou no dia 24 de outubro e se estende até o final de novembro, com a participação de estudantes e professores da Univaço e integrantes do Instituto Interagir, que coordena o projeto, denominado Pouso de Água Limpa. O nome remete ao significado da palavra Ipatinga, em tupi-guarani, e à proposta da pesquisa, que deverá resultar em sugestões de melhorias para os precários sistemas de captação de água e esgoto utilizados pela população.
A maior parte do território de Ipatinga (55%) é rural e insere-se na Área de Proteção Ambiental (APA) do Ribeirão Ipanema, que nasce na Serra dos Cocais, na localidade de Alto Ipanema, e deságua no rio Doce, próximo ao bairro Castelo. Com 28,5 quilômetros de extensão, o ribeirão corta todo o município, incluindo oito localidades rurais.
“Na primeira expedição, realizada no ano passado, concluímos o diagnóstico socioeconômico, ambiental e da saúde. Nesta segunda expedição, o foco está no saneamento básico e suas implicações no ambiente e na qualidade de vida”, afirma o geógrafo Alessandro de Sá, presidente do Instituto Interagir, de Ipatinga.
Com 40 integrantes, a entidade desenvolve projetos e pesquisas de educação, saúde, meio ambiente e outros.
Primeiros resultados
Três palestras foram promovidas durante o evento para apresentar os resultados da I Expedição da Bacia do Ribeirão Ipanema, no ano passado, que incluiu as oito localidades rurais de Ipatinga: Ipanemão, Ipaneminha, Tribuna, Morro Escuro, Pedra Branca, Barra Alegre, Taúbas e Córrego dos Lúcios.
A química Viviane Medeiros apresentou dados gerais sobre o perfil das populações instaladas ao longo de 95 quilômetros percorridos pelos pesquisadores nas sub-bacias do ribeirão Ipanema. A geógrafa Wandirlene Silva Gomes documentou a situação precária do saneamento básico, com captação de água em nascentes e deposição de efluentes das fossas diretamente no solo e nos cursos d’água.
A última palestra foi proferida pelo professor Vinícius Lana, da Univaço, que abordou o perfil de saúde da população rural e as primeiras conclusões que puderam ser observadas na pesquisa. Na II Expedição, os estudos serão aprofundados, resultando em sugestões e novos projetos de ação junto às populações ribeirinhas.  
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