08 de abril, de 2010 | 23:00

Cenibra troca presidente

Durante solenidade, Anastasia deve anunciar novo aeroporto da região

DA REDAÇÃO – Está programada para a manhã desta sexta-feira (9) a solenidade de troca de presidentes da Celulose Nipo-Brasileira (Cenibra) na Casa de Hóspedes da empresa, em Belo Oriente. A assessoria de imprensa do Palácio do Governo confirmou, na tarde de ontem (8), a presença do governador Antonio Augusto Anastasia.
Durante o evento, Anastasia deve anunciar a construção do novo aeroporto para a região. Conforme o DIÁRIO DO AÇO apurou anteriormente, uma das mais novas áreas alvo de sondagem para a construção do terminal fica nas proximidades do povoado de Ipabinha, em Santana do Paraíso. A construção inicialmente seria assumida pela Usiminas, com o investimento de R$ 80 milhões, mas tudo indica que a obra deverá ser custeada pelo Estado.
A construção do novo terminal é considerada indispensável para a liberação da área atualmente ocupada pelo aeroporto da Usiminas, também em Santana do Paraíso. Na área do atual aeroporto está prevista a construção da unidade de produção de placas da Usiminas. O projeto da nova siderúrgica é um investimento de US$ 5,7 bilhões a ser deliberado na próxima reunião do Conselho de Acionistas da empresa, prevista para os dias 14 e 15 de abril.
A construção deveria ter sido iniciada no ano passado, mas foi suspensa por causa dos efeitos da crise financeira mundial que derrubou a demanda por produtos siderúrgicos. O presidente da Usiminas, Marco Antônio Castello Branco, já havia anunciado que é favorável à retomada do projeto em reunião com o então governador Aécio Neves. O empreendimento, caso seja aprovado, terá uma produção de 2,5 milhões de toneladas de aço. A viabilidade da obra depende, entre outras coisas, da conclusão dos licenciamentos ambientais, paralisados nos órgãos ambientais, e da liberação da área para a transferência do aeroporto.

Novo presidente
Paulo Eduardo Rocha Brant, irmão do renomado músico mineiro Fernando Brant, era secretário de Estado de Cultura e vai assumir o cargo de presidente da Cenibra ocupado por quase 10 anos por Fernando Henrique da Fonseca. Um dos desafios de Paulo Brant será a avaliação da oportunidade de iniciar, ainda neste ano, a duplicação na capacidade de produção de celulose da empresa.
A Cenibra produz 1,5 milhão de toneladas/ano, dos quais exporta cerca de 90%. O projeto foi paralisado pela crise econômica mundial de 2009, mas poderá ser retomado. A Cenibra é controlada pelo consórcio Japan Brazil Paper and Pulp Resources Development (JBP) que, em 2001, adquiriu os 51,48% das ações que a antiga Vale do Rio Doce detinha sobre o controle da empresa. Desde então, a JPB passou a deter 100% do capital total da Cenibra.