21 de janeiro, de 2010 | 20:59

Calor intenso ‘zera’ estoques de ventilador e ar-condicionado

Em Ipatinga, clientes que chegam às principais redes de eletrodomésticos à procura dos aparelhos têm saído de mãos vazias

Thaís Dutra


AR-CONDICIONADO

IPATINGA – As altas temperaturas deste verão surpreenderam os fabricantes de aparelhos de ar-condicionado e ventiladores do país. Em Ipatinga, há mais de uma semana, clientes que chegam às principais redes de eletrodomésticos à procura dos aparelhos têm saído de mãos abanando.
Na loja Ponto Frio, no Centro, por exemplo, as últimas unidades de ventiladores foram vendidas no dia 13 de janeiro, e a expectativa é que novos aparelhos só cheguem no início de fevereiro. “A procura está gigantesca. Todas as redes estão em falta. Em comparação com o mesmo período do ano passado, as vendas cresceram 32,18%. É um índice muito alto, se comparado ao crescimento da economia, que foi de 5%”, observou o gerente do estabelecimento, Adalberto Marques.
Até a tarde de ontem, restavam ainda duas unidades de ar-condicionado na loja. Mas a previsão era que os aparelhos saíssem das prateleiras até hoje. “Recebemos 20 unidades de ar-condicionado todas as segundas, quartas e sextas-feiras. Em dois dias, estão saindo todos”, informou.
De acordo com o gerente, apenas nos primeiros 20 dias deste ano o estabelecimento vendeu 168 condicionadores de ar 7.500 BTUs – próprio para residências. E, do dia 1º de janeiro ao dia 13, 182 ventiladores foram vendidos. Por conta do preço mais acessível (R$ 39,90), o ventilador Mondial Ultra tem sido o campeão de vendas.

Perda
Para o gerente da loja Ricardo Eletro do Centro, Maurício Viana, os longos períodos de falta de ventiladores e condicionadores de ar, neste verão, têm gerado grande prejuízo. “A procura está absurda. Estamos perdendo muitas vendas com essa diferença entre a demanda e a produção. Para se ter uma ideia, as pessoas têm feito encomendas. Há lista de reserva dos aparelhos”, comentou.
Após uma semana com o estoque de ventiladores zerado, o estabelecimento recebeu ontem 150 unidades. Mas, conforme previsão do gerente, as vendas ocorreriam “num tapa”. “Em apenas um dia, temos vendido cerca de 100 unidades. Já os aparelhos de ar-condicionado são ao menos 20 unidades vendidas por semana. Eles também já estão sumindo do mercado”, constatou.
A previsão dos lojistas é que o calor continue alavancando as vendas até março.
 
Mais baratos e econômicos
Se antigamente ter um condicionador de ar em casa era “privilégio” de uma pequena parcela da população, hoje cada vez mais famílias da região têm adquirido o aparelho. Segundo Adalberto Marques, alguns fatores contribuíram para popularizar o utensílio, como os preços mais acessíveis, as facilidades de pagamento e o avanço da tecnologia utilizada pelo produto, que diminuiu o gasto de energia.
Enquanto, há cerca de cinco anos, um aparelho de ar-condicionado era vendido por R$ 1.800, hoje ele pode ser encontrado por R$ 700 ou até menos. “O cliente tem ainda a opção de pagar de até 10 vezes. Isso ajuda muito”, afirma Adalberto.
Sobre a economia de energia, o gerente diz que o gasto, atualmente, é 70% menor em relação ao passado. “O ar-condicionado, há alguns anos, fazia a conta de uma casa aumentar cerca de R$ 100. Hoje, uma pessoa que utiliza o aparelho em sua residência, oito horas por dia, paga R$ 30 reais a mais no final do mês. Os clientes têm entendido que vale o conforto”, observou.
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