27 de novembro, de 2009 | 00:00

Problemas no Cidade Nobre

Moradores reclamam de mau cheiro e insegurança em trecho de galeria

IPATINGA – Mau cheiro, insetos e falta de segurança. Os moradores das ruas Mahatma Gandhi e Castro Alves, no bairro Cidade Nobre, estão cansados de conviver com esses problemas supostamente gerados num trecho de uma galeria d’água que vem desde os bairros Bom Jardim e Esperança.Neste segmento, a galeria está descoberta e a água, parada, com aspecto turvo e malcheiroso. Ao longo da galeria, em trechos situados no bairro Esperança, a água segue em curso e com aspecto mais límpido, conforme verificado pela reportagem do DIÁRIO DO AÇO. “Atrás do meu prédio, a água da galeria fede e o mau cheiro, logo que o sol baixa, entra nos apartamentos da gente. E olha que o meu é de frente para a rua”, reclama a dona de casa Maria Geralda Alves Oliveira.Maria Geralda mora na rua Castro Alves há cerca de cinco anos. Antes de adquirir o imóvel, perguntou aos vizinhos se a água da galeria não tinha mau cheiro, e foi informada de que não sofreria com este problema. “De uns dois anos para cá, basta dar 18h ou 19h que ninguém aguenta a catinga. Chega a causar mal-estar”, revela Maria Geralda.Em frente ao prédio onde a dona de casa vive com marido e dois filhos reside José Hermenegildo, que também sofre com os problemas advindos da galeria. “Além do mau cheiro, aquela água ali atrai mosquitos, que infestam a casa da gente, e baratas. A segurança também é precária neste trecho”, pontua José. A também dona de casa Cenilda Honorato convive bem de perto com esta realidade. A casa dela fica na rua Mahatma Gandhi, bem na esquina com a galeria d’água. Para ela, pior que o mau cheiro é a falta de segurança. A vegetação alta nos arredores da galeria e a iluminação precária no trecho favorecem a ação de marginais e de usuários de drogas. “Faz 18 anos que moro aqui. Já encontramos um corpo aqui na pinguela sobre a galeria. E como a polícia não tem meios para atravessar sobre a pinguela na viatura, a bandidagem tem tempo de sumir pelo mato quando a avista”, relata Cenilda. A moradora ainda acrescenta que, após dois anos de residência, a reforma de sua casa foi embargada por causa de uma obra pública que transformaria aquele trecho numa rua. “Até hoje está do mesmo jeito”, lamenta a dona de casa. EsclarecimentosA reportagem do DIÁRIO DO AÇO entrou em contato com a Prefeitura de Ipatinga e com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) em busca de esclarecimentos sobre as reclamações dos moradores. A Prefeitura informou que vai enviar, nesta sexta-feira (27), técnicos do Departamento de Energia e Saneamento ao local para avaliar a demanda dos moradores. A PMI acrescenta que naquela localidade há iluminação.A Copasa informou que identificou, próximo à passarela que liga o bairro Cidade Nobre ao Ideal, danos causados ao interceptor de esgotos do ribeirão Bom Jardim, em razão das últimas chuvas. Houve erosão nas margens do ribeirão, o que causou o rompimento da cobertura de um poço de visita do interceptor, provocando o mau cheiro. A companhia informou ainda que, próximo ao mesmo local, na rua Vinólia 253, identificou um entupimento na rede, que causou refluxo de esgoto para a galeria pluvial. A rede já foi desobstruída. O reparo na cobertura do poço também foi iniciado na quinta-feira (26) e deveria ser concluído no mesmo dia.