11 de outubro, de 2009 | 00:00

Escola de Metalurgia

Geraldo Hilário visita obras de restauração do prédio do Cefet

TIMÓTEO - O prefeito de Timóteo, Geraldo Hilário, visitou as obras de restauração do prédio do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet/MG) que abrigou a primeira Escola Técnica de Metalurgia do Vale do Aço. Localizado no Centro Norte, o imóvel foi doado pela Prefeitura de Timóteo ao Cefet para instalação do campus de Timóteo.Hilário atendeu ao convite do diretor-geral do Cefet /MG, Flávio Antônio Santos, para apresentação dos avanços da obra. A visita foi acompanhada pelo diretor do Departamento de Cultura da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Gentil Pires, do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural, e pelo arquiteto Edmar Ferreira.“A parceria com o Cefet /MG consolida o município como polo de educação pública de qualidade, tornando a cidade referência”, declarou Hilário, ressaltando o trabalho desenvolvido pela instituição, reconhecidamente uma das melhores do país. O novo campus terá ampliada a sua estrutura física, o que permitirá a expansão de seus cursos.“O prédio da Escola de Metalurgia tem grande valor histórico para o município. O Cefet procura não só resgatar a construção, mas implantar um projeto que tem muito a ver com o que já funcionou nesta edificação na área de formação de recursos humanos na área de metalurgia do Vale do Aço”, comentou Flávio Santos, para quem o Cefet tem o compromisso de ampliar os cursos e os investimentos, que chegarão a R$ 5 milhões até a conclusão do projeto. “Estamos fazendo o núcleo base para permitir a transferência da sede. A partir daí, estes investimentos continuam”, declarou o diretor-geral. RestauraçãoA recuperação do prédio está sendo feita de acordo com projeto original da primeira Escola de Metalurgia, de 1963. Serão aplicados R$ 300 mil na restauração até o início de 2010. Atualmente, o campus de Timóteo do Cefet funciona no bairro Vale Verde em imóvel doado pela Prefeitura. Esse é o primeiro passo para a transferência da sede, que abrigará cinco cursos técnicos federais e um superior. Já estão garantidos R$ 1,4 milhão para a execução dos projetos estrutural e arquitetônico, construção do novo bloco de salas de aulas e laboratórios. A nova estrutura terá cerca de 25 mil metros quadrados - 4,5 mil de área construída (3 mil metros do prédio novo mais 1,5 mil do prédio antigo), 13 salas de aula e 19 laboratórios.A expectativa é de que até o final de 2010 as instalações do Cefet sejam transferidas para o Centro Norte. A instituição deverá implantar o próximo curso superior da unidade de Timóteo, de Engenharia Química. A expectativa é que o novo curso seja incluído nos processos seletivos de 2010.O trabalho de restauração nas esquadrias de madeira foi entregue ao marceneiro Gilson José de Carvalho, de 64 anos, funcionário do Cefet há 19 anos. Carvalho iniciou sua carreira na carpintaria aos onze anos de idade, vindo a se especializar em marcenaria.“Estamos fazendo um trabalho minucioso e delicado, cuidando dos detalhes de acabamento, para manter o mesmo estilo do prédio da antiga Escola de Metalurgia”, expõe o marceneiro. Segundo ele, a restauração será feita nos marcos, janelas, portas, forro e telhado. A madeira utilizada é o Angelim. Arquitetura com estilo e influência modernistaA antiga Escola Técnica de Metalurgia teve sua edificação original erigida em 1963, para abrigar o Colégio Técnico de Metalurgia – Ampliação da Escola de Formação Profissional, criada em 1952 pela Acesita, em parceria com o Senai, para atender a sua própria demanda por mão-de-obra especializada. Na década de 1980, e até os fins da década de 1990, o espaço abrigou a Secretaria de Obras, sendo a edificação conhecida também por antiga Secretaria de Obras. Abrigou também uma série de projetos sociais como a Estação Ciência, Musicalmente e Creia, entre outros.A edificação foi construída sob a influência do estilo modernista e possui elementos característicos como janelas venezianas, telhado borboleta e pisos em tijolos hidráulicos. A estrutura conserva-se praticamente original, tendo sofrido poucas intervenções com o caráter de reforma, sem alterações ou acréscimos significativos.Tombado pelo Decreto 3856, de 10 de abril de 2008, por seu valor histórico e arquitetônico, este bem cultural está sujeito às diretrizes de proteção estabelecidas pela Lei 2397, de 15 de fevereiro de 2001, não podendo sofrer intervenções sem a prévia deliberação do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Timóteo e aprovação da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer.