
28 de junho, de 2009 | 00:00
Nova Esperança ameaça fechar acesso à BR-381
TIMÓTEO Incomodados com os problemas provocados pelo intenso fluxo de veículos, inclusive de cargas, no acesso ao contorno rodoviário da BR-381, moradores do bairro Nova Esperança, em Timóteo, ameaçam fechar a entrada clandestina que existe no local e impedir de vez o acesso à cidade.O presidente da Associação de Moradores, Marcílio dos Santos, disse que a entidade já pediu a instalação de quebra molas ou redutores eletrônicos de velocidade ao longo da rua Beta, por onde se entra e sai do contorno, e alerta que, caso a solicitação não seja atendida, a comunidade poderá fechar o atalho clandestino aberto pelos próprios moradores.Ninguém respeita o limite de 60 km/h nesse trecho do contorno, e depois, dentro do próprio bairro, a maioria dos motoristas não tem um pingo de consciência dos riscos do excesso de velocidade”, dispara Marcílio dos Santos.DescasoQuando foi construído, a partir de 1999, o contorno rodoviário da BR-381 praticamente excluiu Timóteo e Coronel Fabriciano do seu contexto. A obra tirou o tráfego pesado de dentro de Cachoeira do Vale, em Timóteo, do trevo da avenida Magalhães Pinto e do bairro Caladinho, em Coronel Fabriciano, ao abrir o contorno às margens do rio Piracicaba e da Estrada de Ferro Vitória a Minas, com acesso a partir da entrada de Timóteo pelo bairro Santa Rita e saída somente em Ipatinga, no bairro Horto.Fabriciano protestou na época das audiências públicas que precederam à obra e, a título de compensação de supostas perdas econômicas com a redução do tráfego, ganhou” a ponte interligando o trevo do bairro Alegre ao centro da cidade. Timóteo não levou nada.Na época, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), que gerenciou a obra, explicou que o contorno foi projetado para receber apenas o fluxo da rodovia sentido Belo Horizonte ou Leste do Estado, e os eventuais trevos ou alças reduziriam a velocidade e a eficiência no escoamento do tráfego.Ocorre que, depois de inaugurado o contorno, os moradores das duas cidades excluídas logo trataram de construir atalhos, verdadeiras alças clandestinas, para aproveitar a benesse de um trecho rodoviário moderno e que facilita o acesso a Ipatinga.Um desses acessos está justamente no bairro Nova Esperança, cujos moradores não estão nem um pouco satisfeitos. Nos horários de pico formam-se enormes filas de veículos ao longo da rua Beta, tanto para entrada quanto para saída do contorno rodoviário.O presidente da Associação de Moradores do Nova Esperança afirma que, além do risco da travessia da rodovia e da ferrovia, os moradores enfrentam riscos também dentro do próprio bairro, que não está preparado para receber o volume de tráfego que tem recebido.
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