03 de maio, de 2009 | 00:00
Ponte metálica, de novo, põe motoristas em risco
Buracos, ondulações na pista e aparelhos danificados são ameaças
IPATINGA Os motoristas e motociclistas que têm costume de passar pela ponte metálica sobre o rio Doce, entre Ipatinga e Caratinga, voltam a reclamar das ondulações nas laterais da pista, nos dois sentidos, e de buracos que reapareceram após as chuvas de abril. Segundo motoristas que procuraram a redação do DIÁRIO DO AÇO, o primeiro buraco na pista sentido Ipatinga/Caratinga obriga os condutores a fazerem um desvio rápido e perigoso, o que foi confirmado no local pela reportagem. Ao perceberem o buraco, os motoristas tendem a ir para a esquerda e invadem a contramão de direção. Além do risco de perda do controle dos veículos na tentativa de desvio do buraco, motoristas dizem que há riscos de colisão frontal.Outro buraco fica também na pista sentido Caratinga, quase no fim da ponte, com riscos igualmente consideráveis para quem tenta fazer o desvio. As ondulações formadas pela aplicação de variadas camadas de asfalto também limitam a pista de rolamento da ponte metálica. Os reparos dependem da ordem de serviço do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Com o feriado de sexta-feira e o recesso no fim de semana, ninguém foi encontrado na unidade do Dnit em Caratinga para falar sobre o assunto.Paliativo”Um dos principais, se não único meio de ligação do Vale do Aço sobre o rio Doce, a ponte metálica quase foi interditada no ano passado, quando os aparelhos de sustentação apresentaram fissuras e ameaçavam despencar. Um paliativo” feito no local por técnicos da Usiminas Mecânica, acompanhados de perto por técnicos da Cenibra e engenheiros do Dnit, evitou que a ponte fosse interditada depois que placas já tinham sido instaladas orientando sobre a interdição e as alternativas de desvio.No caso do Vale do Aço, o mais recomendável para quem trafegava da BR-116, vindo de Caratinga para Ipatinga, seria a volta por Governador Valadares. A indústria de celulose tinha interesse em que a ponte não fosse interditada porque precisa do equipamento para receber grande parte da produção de madeira de eucalipto para abastecer a fábrica em Belo Oriente. DemoraO reparo emergencial foi feito para dar tempo ao Dnit de abrir licitação para providenciar a troca dos aparelhos, que são peças deslizantes, feitas de aço, que servem de apoio sobre os pilares de sustentação da ponte. Instalados na inauguração da ponte, em 1971, os aparelhos desgastados e arcaicos precisam ser trocados a um custo que pode chegar a R$ 2 milhões, segundo avaliação do engenheiro do Dnit em Caratinga, Milton Genelhu.Ocorre que, oito meses depois, a licitação para o serviço ainda não saiu. Como houve demora nos reparos, a passagem de cargas pesadas sobre a ponte metálica foi restringida e hoje as maiores cargas que continuam a passar no local são os caminhões carregados com eucalipto para abastecer a Cenibra.Alex Ferreira
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