15 de março, de 2009 | 00:00
Penhor mais atrativo
Novas regras estimulam modalidade de empréstimo na CEF
IPATINGA O financiamento por meio de penhor na Caixa Econômica Federal (CEF) ficou mais vantajoso desde o último dia 25 de fevereiro, quando entraram em vigor as novas regras para o sistema. O banco aumentou o percentual máximo do valor do empréstimo sobre o bem avaliado, passando de 80% para 85%. O mínimo continua sendo 10%. Além disso, o índice-padrão utilizado para fixar o valor de um grama de ouro, Unidade Pignoratícia (UP), passou de R$ 28 para R$ 33. Os prazos de contratação variam agora de um a 180 dias, à escolha do cliente. O limite mínimo de financiamento é de R$ 50 e o máximo, de R$ 50 mil.No Vale do Aço, a agência da Caixa responsável por executar esse tipo de financiamento é a Intendente Câmara, situada no Horto. O avaliador de penhor da agência, José Maria Quaresma, informou que as mudanças trazem expectativas de aumento na procura. Esse tipo de financiamento já é muito requisitado na agência, porque possui a taxa mais baixa do mercado para a realização de empréstimos”, comentou.Segundo José Maria, o maior reflexo será na reavaliação de contratos. Ele explicou que as pessoas que já têm joias penhoradas terão o valor da grama do ouro reajustado. A atualização dos contratos é feita de maneira muito simples. Não será preciso a pessoa encerrar um contrato para fazer outro. Vamos entrar em contato com quem já possui empréstimo para oferecer a atualização. Assim, os contratantes poderão receber a diferença do valor do ouro”, detalhou José Maria.Juros baixosDe acordo com o avaliador, a queda das taxas de juros tornou a operação ainda mais atraente. Atualmente o empréstimo é feito com juros de 2,25% ao mês. No caso do micropenhor, destinado a quem não possui saldo médio mensal em conta corrente ou aplicação financeira acima de R$ 3 mil, a taxa é de 1,7% ao mês. Nesta modalidade, o empréstimo é limitado a R$ 1 mil.Em 2008, as agências da Caixa que operam as linhas de penhor emprestaram R$ 4,9 bilhões nas modalidades, em um total de 8,5 milhões de operações em todo o país. Para este ano, a expectativa é ultrapassar a marca dos R$ 5,5 bilhões em empréstimos. Até 25 de fevereiro, o banco já havia realizado 1,3 milhões de contratos de empréstimo de penhor, totalizando R$ 780 milhões.Bem é garantia sem consulta cadastralAs pessoas interessadas em fazer o penhor devem apresentar documento de identidade, CPF e comprovante de residência, além do bem que servirá de base para a operação. A maior parte dos objetos são joias em metais nobres, com ou sem pedras preciosas, relógios de alta joalheria e canetas de elevada qualidade e valor. Na região, o tipo de material mais recebido é a joia comercial, de qualidade mediana.O avaliador da agência da Caixa Econômica no Horto, José Maria Quaresma, contou que a grande vantagem desse tipo de empréstimo é que ele não inclui consulta cadastral. As pessoas que têm joia em casa e não conseguem dinheiro emprestado por ter restrições cadastrais podem optar pelo penhor, porque o bem é nossa garantia real, não necessitando de consulta cadastral”, frisou o avaliador.
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