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12 de março, de 2009 | 00:00

Uma ‘nova’ Usiminas vai nascer no dia 18

Empresa apresenta nova marca e apresenta perspectivas em evento em SP

Arquivo/DA


A empresa aposta numa reação do mercado nos próximos meses
IPATINGA – “Um jeito novo de ser Usiminas”. Com esse mote, a siderúrgica de Ipatinga está preparando uma profunda mudança institucional, que inclui uma nova marca para a empresa e uma nova postura administrativa. As mudanças estão sendo guardadas a sete chaves pela empresa e só serão conhecidas na próxima semana. Será quase uma “nova” Usiminas.O presidente da empresa, Marco Antônio Castello Branco, vai fazer a apresentação oficial da nova marca em evento dirigido à imprensa nacional, no próximo dia 18, às 10h30, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo. As mudanças são aguardadas com expectativa, visto que a empresa ipatinguense sempre foi considerada “conservadora” e que há vários anos mantinha a mesma marca.A Usiminas não informa nenhum detalhe sobre a nova marca e a nova orientação institucional. Sequer o nome da agência responsável pela nova orientação de marketing foi revelado. Tudo será apresentado no dia 18, quando Castello Branco também irá falar sobre as perspectivas da empresa para 2009.PerspectivasAs perspectivas da Usiminas para 2009 já haviam sido apresentadas, no início do mês, com a divulgação do balanço do ano passado. As previsões são de continuidade da recessão mundial ao longo da primeira metade de 2009, numa conjuntura em que as altas dos preços de aço deverão ser limitadas a um movimento de reequilíbrio de mercado e seguidas por movimentos de reposição de estoques.Em termos mundiais, conforme a avaliação oficial da Usiminas, há uma compreensão de que o mercado siderúrgico cresce em ciclos. Atualmente, o setor está saindo de um inédito ciclo de expansão que durou cinco anos, impulsionado pelo crescimento chinês. “A reversão de tendência não é, portanto, uma surpresa, mas sim a sua intensidade”, atestam os analistas da Usiminas.A expectativa da empresa é de que o segundo semestre de 2009 já apresente uma retomada de ritmo de demanda no mercado global, em função de dois eventos político-econômicos: as medidas adotadas pelo governo dos Estados Unidos para a recuperação econômica do país e os investimentos chineses para a realização da “World Expo 2010”, em Xangai.DesafioQualquer que seja o cenário projetado para a retomada da economia mundial, a tendência, na avaliação da Usiminas, é de que o ano de 2009 se configure como desafiador para a siderurgia no Brasil e no mundo. A valorização do dólar, que pressiona os custos de matérias-primas, e a retração na demanda, que alimenta o cenário de redução de preços, se apresentam como obstáculos para a manutenção e melhoria dos níveis de rentabilidade.No Brasil, estimativas preliminares indicam uma retração da demanda no primeiro trimestre de 2009, ocorrendo a partir do segundo trimestre o início da retomada do processo de crescimento. Esse movimento deverá ser motivado pela redução dos estoques de aço e de produtos acabados nas diversas cadeias produtivas, que encerraram o ano com estoques bastante elevados.Para o segundo semestre, a Usiminas projeta uma situação de mercado mais favorável. Deverão contribuir para isso, principalmente, os efeitos das medidas que estão sendo tomadas pelo governo visando a ampliação de linhas de crédito, a redução de impostos e o aumento dos investimentos em infraestrutura, além da provável continuidade da redução nas taxas de juros. No entanto, apesar da esperada retomada ao longo do ano, as estimativas indicam queda na demanda em relação ao ano de 2008, que apresentou um mercado bastante aquecido nos primeiros nove meses.Marca vale R$ 654 milhõesA Usiminas é hoje uma das marcas mais valiosas da América Latina. Conforme ranking divulgado pela Interbrand, a siderúrgica ipatinguense ocupa a 23ª posição, com valor da marca de R$ 654 milhões. Entre as empresas brasileiras, a Usiminas está entre as dez marcas mais valiosas.O estudo da Interbrand, líder mundial em consultoria de marca, apontou as 50 marcas mais valiosas da América Latina. Para a seleção das empresas, foram considerados os seguintes critérios: capital majoritariamente brasileiro, empresa listada em bolsa ou que publica regularmente suas informações financeiras ao mercado, interação com o consumidor e resultados financeiros positivos.Maior complexo siderúrgico de aços planos da América Latina, a Usiminas consolidou-se como uma das marcas mais importantes no setor siderúrgico brasileiro e ocupa a liderança no mercado nacional. A marca Usiminas está presente nas indústrias automotiva, naval e de construção civil em todo o país.Empresa garante recursos para investir em expansãoNa apresentação da nova marca da Usiminas e dos seus planos para o futuro, no próximo dia 18, em São Paulo, o presidente da empresa, Marco Antônio Castello Branco, deverá reafirmar o ajuste do seu plano de investimentos para se adequar às novas condições do mercado, tanto interna quanto externamente. Avaliar continuamente os prazos de execução com base nos indicadores e nas tendências do mercado siderúrgico é a principal orientação recebida pelos técnicos da empresa, que prevê investimentos da ordem de US$ 14,1 bilhões até 2012 para ampliar sua capacidade de produção de aço e mineração, modernização das usinas, redução de custos e preservação ambiental.InvestimentosCastello Branco informou anteriormente que a Usiminas já assegurou os recursos para a execução da maioria dos seus projetos em andamento, os quais terão prioridade nos desembolsos de 2009, com prioridade para a nova usina de barras, que será construída no atual aeroporto de Santana do Paraíso, que por sua vez será transferido para Bom Jesus do Galho.Na usina de Ipatinga, os investimentos incluem a nova coqueria (número 3), com produção de 750 mil toneladas/ano de coque a partir do primeiro trimestre de 2010, visando proporcionar a autossuficiência do insumo, e a nova central termelétrica, com capacidade de geração de energia elétrica de 60 MW, que está em fase final de testes e tem início de operação programado para o final deste mês.Na Unigal, em Ipatinga, a nova linha de produção de 550 mil toneladas/ano de galvanizados a quente deverá entrar em operação no primeiro trimestre de 2011.
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