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05 de março, de 2009 | 00:00

Recorde de calor

Sombrinha, sorvete, chapéu e água, vale tudo para se refrescar

Fotos: Wôlmer Ezequiel


Para escapar do calor, as crianças usam e abusam do sorvete
IPATINGA – A sensação insuportável de calor sentida no Vale do Aço, que era grande desde a semana passada, atingiu ontem um nível recorde. Nas ruas, não tinha quem não reclamasse do tempo quente e buscasse uma forma para se refrescar um pouco. Não era para menos: ontem foi dia mais quente do ano em Minas Gerais.Conforme o meteorologista Ruibran dos Reis, coordenador do MG Tempo PUC-Minas, a temperatura média em Ipatinga ficou ontem na casa dos 33°, mas a sensação térmica era de três a mais, na sombra, e até seis graus dentro de casa ou ao sol. A temperatura mais alta registrada no Estado, de acordo com o MG Tempo, foi em Espinosa, onde os termômetros marcaram 36,9°.ChuvasÉ muito comum ouvir pelas ruas que neste ano o calor está mais forte do que em 2007. Mas, conforme Ruibran, a diferença é que as chuvas estão escassas nesta época. “Na verdade, essa sensação térmica de que o calor está sendo maior é por causa dos poucos ventos. Não está mais quente do que nos anos anteriores. A questão é que antes tinha chuva em seguida. O que acontece agora é que o ar está muito seco e a temperatura sobe, mas a chuva não chega”, explica o meteorologista.A previsão é que o calor não vai dar trégua tão cedo. Ruibran dos Reis informou que, a partir de hoje, o Vale do Aço poderá ter algumas chuvas isoladas no final do dia. “Mas para cair a temperatura só mesmo em meados da semana que vem”, antecipou o meteorologista.Ruibran explicou por que as chuvas de verão parecerem esquentar ainda mais o clima. “Como a umidade está muito baixa, depois da chuva começamos a transpirar mais e sentir mais calor”, detalhou.VendasPara escapar do calor vale tudo. Pelas ruas, cada um se vira como pode para driblar as altas temperaturas. Sombrinha, chapéu, óculos, protetor solar, água de coco e picolé são as principais armas usadas pela população, recursos que acabam se revertendo em lucros para alguns vendedores.O problema é que a grande concorrência não permite que as vendas acelerem, nem debaixo do sol escaldante. É o que afirma o vendedor de água de coco Raimundo Fernandes Silva. “Quando o calor está forte, vendo de 30 a 40 copos. Mas a concorrência está tão forte que não conseguimos ver tanta vantagem, mesmo com o calor terrível que está fazendo”, lamentou.O vendedor de picolés José Rosa disse que o movimento está “mais ou menos”. Ontem, até as 17h, ele tinha vendido cerca de 40 picolés. “Não posso dizer que está ruim, mas também não está tão bom. Tem vendedor demais na rua”, reclamou. ENQUETEO que você faz para amenizar o calor?“Tomo bastante líquido. Procuro me hidratar ao máximo, porque o meu trabalho exige muito esforço.”João Andino, 40, metalúrgico“Tomo água toda hora. Senão é perigoso até adoecer, de tão forte que está o calor. Também cuido da alimentação.”Maria José Pereira, 56, dona de casa“Para me proteger desse calor eu tomo muita água, cuido da alimentação e, de vez em quando, tomo sorvete para aliviar.”Heleno Cândido Barbosa, 42, ajudantePolliane Torres
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