
28 de fevereiro, de 2009 | 00:00
Mudança aumenta segurança no transporte de gás por motos
IPATINGA Em vigor desde abril de 2008, ainda é parcialmente descumprida a Resolução 273/2008, por meio da qual o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabeleceu regras para o transporte de gás e água mineral. Com a medida, ficou vetado o suporte para o transporte de botijões de gás nas laterais das motocicletas.A Resolução estabelece que as carretinhas tracionadas por motocicletas e motonetas devem ter características como o número de identificação veicular gravado na estrutura do semirreboque; nome do fabricante que deve ser certificado pelo Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro); lanternas de posição traseira; protetores das rodas; freio de serviço; iluminação da placa; além de faixas retrorrefletivas aplicadas nas laterais e traseira.A proposta do Contran foi uma tentativa de reduzir os acidentes com o transporte precário de botijões de gás de cozinha e de água mineral nas laterais de motocicletas, o que é uma realidade nas cidades da região. Apesar de a resolução estar em vigor há mais de um ano, não é difícil encontrar em Ipatinga casos de flagrante desrespeito à determinação legal. A reportagem verificou pelo menos quatro casos nos bairros Iguaçu, Caravelas, Canaãzinho e Jardim Panorama. Para o motociclista Washington Firmo, que trabalha há dois anos com a entrega de gás de cozinha em Ipatinga, o uso da carretinha representa mais segurança, mas piora a mobilidade do veículo. O tempo de entrega aumentou, porque com o reboque a velocidade da moto é muito menor. Agora, se tem que ser dentro da lei, fazer o quê?”, reclamou. FiscalizaçãoNo Pelotão de Trânsito da Polícia Militar em Ipatinga a informação é que já há bastante tempo é fiscalizado o cumprimento da Resolução 273/2008 do Contran. Não há ação específica para coibir a irregularidade, mas os casos de transporte irregular de gás em motocicletas, apanhados pela fiscalização de rotina, sofrem todas as penalidades previstas.O aspirante Morade explicou que as penalidades começam com a retenção do veículo para sanar as irregularidades. Em caso de serem insanáveis, é providenciada a apreensão e remoção do veículo e a notificação do condutor para eventuais multas e perda de pontos, conforme previsto no Código Brasileiro de Trânsito.Carretinha é produzida em IpatingaAs empresas de transporte de gás que quiserem se adequar à exigência legal para o transporte de botijões de gás ou água mineral podem encontrar a saída no próprio Vale do Aço. A um custo que varia de R$ 2 mil a R$ 2,4 mil, a carretinha é produzida por uma empresa especializada, instalada no Distrito Industrial, em Ipatinga.A empresa é certificada pelo Inmetro e o industriário Eustáquio Moreira de Oliveira confirma que já produz os reboques há aproximadamente um ano. O equipamento é inteiramente fabricado aqui na região, com mão-de-obra local e sai com nota fiscal, necessária para o emplacamento”, confirmou.
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