05 de fevereiro, de 2009 | 00:00

Cerco aos ‘picaretas’ do mercado imobiliário

IPATINGA – O Ministério Público Estadual assinou ontem, em Belo Horizonte, um Termo de Cooperação Técnica com o Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Minas Gerais (Creci-MG) para combater a ilegalidade no ramo de compra, venda e locação de imóveis. A ação é reflexo do aumento do número de pessoas exercendo a profissão ilegalmente no Brasil.No Vale do Aço, conforme o delegado do Creci no Vale do Aço, Wesley Harrison Givisiez, a realidade é a mesma. Sua expectativa é de que a cooperação técnica do MP ajude a coibir o exercício ilegal da profissão na região, além de fortalecer a classe.O aumento da ilegalidade no ramo imobiliário, de acordo com Givisiez, se deve ao fato de o mercado estar vivendo uma boa fase nos últimos tempos. “Tivemos aumento nos valores de imóveis e a economia ajudou. Isso contribuiu tanto para o exercício ilegal da profissão quanto para o crescimento de pessoas que buscaram regularizar sua situação”, constata o delegado regional do Creci-MG.FiscalizaçãoAtualmente, a fiscalização dos profissionais do setor imobiliário no Vale do Aço fica sob a responsabilidade de apenas uma pessoa, mas conta com o apoio do Conselho Estadual e da Polícia Militar. A Regional do Creci, sediada em Ipatinga, abrange ainda as cidades de Coronel Fabriciano, Timóteo, Santana do Paraíso e Caratinga.O número de autuações aos “picaretas” do mercado imobiliário dobrou nos últimos dois anos. “Em 2008, fizemos cerca de 140 autuações”, informou Givisiez. O Conselho Regional possui 318 corretores filiados e 35 empresas cadastradas no Vale do Aço. Qualquer denúncia sobre o exercício ilegal da profissão pode ser feita pelo telefone (31) 3822-6345.Registro de corretor custa até R$ 1,7 milApesar do rigor, não é difícil se tornar um corretor imobiliário. Para se cadastrar junto ao Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci-MG) é preciso procurar a Delegacia do órgão, localizada na avenida 28 de Abril, n° 573, sala 101, no Centro de Ipatinga, onde é possível também obter mais orientações.O segundo passo é fazer o curso de técnico em Transação Imobiliária, que dura cerca de oito meses. O custo da regularização, desde o curso até a documentação, é de R$ 1,7 mil, aproximadamente. O valor da anuidade do Creci é de R$ 368.Uma vantagem proporcionada pela Delegacia Regional do Creci-MG é que os interessados não precisam mais ir ao Rio de Janeiro ou a São Paulo para fazer as provas. Foi lançado nos últimos dias o curso semipresencial em Belo Horizonte, bastanto o aluno ir à capital mineira uma ou duas vezes por mês para fazer as provas.