27 de janeiro, de 2009 | 00:00
Passe de papel já é coisa do passado
Maioria dos passageiros de ônibus de Ipatinga prefere o dinheiro ao cartão magnético
IPATINGA Desde o último sábado, (24), os usuários do transporte coletivo urbano de Ipatinga não podem mais usar o vale transporte de R$ 2 e o passe estudantil de R$ 1,76, ambos de papel. A alteração está prevista na Lei Municipal 2.207/2006, que estabelece o fim da validade dos passes 30 dias após a entrada em vigor do aumento do valor da tarifa urbana.Com essa medida, a Autotrans, concessionária do transporte coletivo no município, adota definitivamente o cartão magnético instituído com a bilhetagem eletrônica, em setembro de 2008. Na tarde de ontem o DIÁRIO DO AÇO acompanhou o itinerário de uma das linhas da Autotrans e verificou que grande parte dos passageiros está informada sobre a nova medida, o que não quer dizer que a aprovação seja unânime.O curioso é que pelo menos 60% dos usuários têm optado por pagar a passagem com dinheiro. A reportagem entrou na linha 601 (Bethânia/Centro), às 15h05. O ônibus chegou ao Centro às 15h30. Nesse ínterim, 18 passageiros tomaram o coletivo, sendo que 11 pessoas pagaram com dinheiro e o restante com cartão. Cinco idosos acima de 60 anos, que têm passe livre e entram pela porta da frente, também embarcaram no mesmo coletivo.Quem ainda possui os passes de papel poderá trocá-los na sede da Autotrans, na rua Caetés, bairro Iguaçu, mediante apresentação de Carteira de Identidade e recibo de compra. PreferênciaSegundo o cobrador Fernando Patrício, 22, que trabalha em mais de uma linha na Autotrans, essa é uma realidade em todo o município. Somente nos horários de pico, em que as pessoas estão pegando ou largando serviço, como de 6h às 7h30, de 13h às 14h, às 17h e de 22h às 23h, é que o pagamento de passagem é maior com cartão magnético, uma vez que as empresas concedem esse benefício aos seus funcionários”, detalha o cobrador.De uma maneira geral, desde que o passe de papel foi abolido, de cada 10 passageiros, seis ou sete pagam com dinheiro. Desde sexta-feira (23) só me deparei com um passageiro que não sabia da nova medida e me deu um passe, mas ele estava com dinheiro e não houve problema”, acrescenta.Usuários pregam economiaAlguns usuários de ônibus em Ipatinga optam pelo pagamento da passagem em dinheiro como forma de economizar. É o caso do autônomo João Braga Pires de Souza, 41, que não pensa em providenciar um cartão magnético.Se você adquire o cartão, é obrigado a usar. Só pago com dinheiro. Cartão é só para quem é funcionário e recebe vale transporte. A passagem é muita cara e o que a gente puder fazer para não gastar é bom. É uma maneira de economizar”, justifica João Braga.A estudante Raab Barbosa, 20, não mora em Ipatinga, e por isso paga a passagem com dinheiro, mas acredita que o cartão magnético é uma tendência em todo o País. O cartão é melhor, porque a pessoa não precisa carregar dinheiro. E é mais prático. Além disso, acredito que todos os municípios, em breve, vão adotar esse sistema, que é bem mais sofisticado”, avalia.
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