24 de janeiro, de 2009 | 00:00

Dengue põe Ipatinga em ‘alerta’

Levantamento mostra índice elevado de infestação do Aedes Aegypti e leva Prefeitura a apelar ao apoio da população

Arquivo/DA


O apoio da população é fundamental para o trabalho dos agentes sanitários
IPATINGA – “O momento é de alerta geral.” A afirmação, em tom alarmista, é do diretor do Departamento de Saúde Coletiva da Prefeitura de Ipatinga, Barôncio Cabral, que anunciou, na tarde de quinta-feira (22), um índice alarmante de presença do mosquito Aedes Aegypti no município, o que aumenta o risco de uma nova epidemia de dengue.O último Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa) na cidade, concluído nesta semana, apontou um índice de 6,7%, o que significa que nesse percentual de residências foi encontrado ao menos um foco do mosquito da dengue. Para se ter uma idéia da gravidade da situação, em outubro de 2008, no último levantamento realizado, o índice no município foi de 1,6% de focos.LimpezaBarôncio Cabral advertiu que o intenso período de calor, com fortes e constantes chuvas, facilita a proliferação de criadouros do mosquito da dengue. “A população de Ipatinga deve ficar atenta e não descuidar do trabalho de limpeza das casas, uma vez que mais de 80% dos focos apontados pelo relatório estão dentro das residências”, analisa o diretor do Departamento de Saúde Coletiva.“O descuido da população no combate aos criadouros do mosquito é o principal motivo desse alto indicador. “Em todos os bairros é alto o número de criadouros, por água parada em objetos descartáveis, vasos de plantas, cascas de ovos, bebedouros de animais e calhas”, descreveu Cabral.Dentre os trabalhos de prevenção contra a dengue, a Secretaria de Saúde está realizando inspeções quinzenais em locais estratégicos, como borracharias, ferro-velhos e oficinas, além de visitas domiciliares de agentes comunitários e sanitários de saúde, para tratamento químico, treinamento dos seus profissionais e capacitação de empresas no município. Mais de 120 agentes estão nas ruas trabalhando, mas é preciso que a população ajude a diminuir o número de focos, cuidando do quintal e das calhas de suas casas, principais criadouros do mosquito.Risco maior está nas residênciasO maior risco de dengue em Ipatinga está nas residências, onde foram encontrados 80% dos focos do mosquito Aedes Aegypti. Os principais criadouros são calhas, caixas d’água, objetos e recipientes que acumulam água nos quintais.As calhas, então, são um problema em quase todas as residências, a maioria instalada sem uma descaída adequada. Com a queda de folhas, elas não permitem o escoamento da água, criando, assim, condições ideais para que o mosquito prolifere.“É fundamental que os moradores fiquem atentos a isso. Em todas as casas que visitamos encontramos problemas nas calhas. Pedimos à população que, se não puder consertar a calha, fazendo uma descaída, pelo menos que faça a limpeza, retirando as folhas. Ou ainda fure estas calhas para que a água possa escoar”, explicou Fernando Anacleto, gerente do Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura de Ipatinga.PopulaçãoAnacleto disse ainda que é muito importante que a comunidade ajude no combate à dengue, principalmente recebendo os agentes que têm de fazer a vistoria nas residências. “Se tiver algum vizinho que não esteja colaborando, denuncie-o ao agente, que poderá notificá-lo. A responsabilidade para se evitar um grave problema de dengue é de todos”, finalizou o gerente do Centro de Controle de Zoonoses.
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