23 de janeiro, de 2009 | 00:00

Sest-Senat inaugura unidade de R$ 10 milhões no Paraíso

Serviços mantidos por empresas de transporte de cargas e passageiros podem ser utilizados pela população do Vale do Aço

SANTANA DO PARAÍSO – Uma rápida solenidade marcou ontem à tarde a inauguração da unidade regional do Serviço Social do Transporte e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest-Senat). Com isso, Santana do Paraíso passa a ser, oficialmente, a 22ª cidade de Minas Gerais a possuir uma unidade do serviço; no Leste do Estado, existem outros dois Postos Avançados de Atendimentos, em Governador Valadares e Caratinga.Presente à inauguração, o presidente do Conselho Regional do Sest-Senat e da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros de Minas Gerais (Fetram), Waldemar Araújo, explicou que o Vale do Aço foi escolhido para sediar o investimento de R$ 10 milhões “justamente pela importância que tem no contexto do transporte em Minas Gerais”.Waldemar disse que a área em Santana do Paraíso, à margem da BR-381, na saída de Ipatinga para Governador Valadares, foi escolhida estrategicamente. “A proposta foi facilitar o acesso do motorista que precisar de uma consulta médica, ou tratamento odontológico, por exemplo. Os serviços começam a funcionar a partir de agora, na medida em que aparecer a demanda”, afirmou.O prefeito de Santana do Paraíso, Joaquim Correia de Melo - Kim (PT), considera “uma honra para o município” sediar a unidade do Sest-Senat. “Chega no momento certo, quando Paraíso recebe outros investimentos importantes, como a Usiminas e tantas outras empresas. Além disso, nos esforçamos para que essa unidade viesse para o município”, destacou o prefeito.InvestimentosPara construir a unidade em Santana do Paraíso, o Sest-Senat investiu R$ 10 milhões, incluindo a área física e os equipamentos adquiridos para as áreas de Medicina e Odontologia.O sistema Sest-Senat é mantido com recursos da iniciativa privada, por meio do recolhimento de contribuições compulsórias das empresas de transporte de cargas e de passageiros, além da contribuição dos trabalhadores autônomos do transporte. “O recurso maior advém das empresas, e investimento como esse é uma forma de melhorar a qualidade de vida do trabalhador do setor de transportes”, discursou.AcessoOs profissionais interessados em utilizar os serviços da unidade do Sest-Senat de Santana do Paraíso devem levar o comprovante de vínculo com o setor de transporte, a Carteira de Trabalho, recibo de pagamento autônomo ou comprovante de contribuição e autorização de tráfego. Já os moradores das cidades do Vale do Aço sem vínculo com o setor de transportes deverão levar uma carta de apresentação, comprovante de endereço, Carteira de Identidade, CPF, Certidão de Casamento ou Declaração Cartorial, Certidão de Nascimento dos filhos menores de 21 anos, duas fotos 3x4 do titular e atestado médico. A pessoa poderá optar na hora do cadastro por utilizar apenas os serviços médicos e odontológicos ou pela utilização da área social da unidade. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (31) 3825-0578. Presidente da Fetram apóia a privatização das rodoviasNo momento em que ganha destaque o anúncio oficial, feito pelo governo federal, de leilão de três trechos de rodovias - a BR-116, a BR-040 e o trecho da BR-381 entre Belo Horizonte e Governador Valadares -, o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros de Minas Gerais (Fetram), Waldemar Araújo, disse que a realidade do pedágio não assusta.De acordo com Waldemar, o Brasil tem exemplos de rodovias privatizadas ou sob concessão que funcionam em condições melhores de trafegabilidade. Para o presidente da Fetram, “custo maior, e prematuro, é dos ônibus, caminhões e demais veículos, em função da má qualidade das estradas”.O empresário pondera, no entanto, que é indispensável o emprego de recursos públicos como forma de viabilizar tarifas mais acessíveis de pedágio. “O governo precisa cumprir sua parte na recuperação de rodovias, principalmente da BR-381, entre Belo Horizonte e Valadares. Empresa nenhuma faria uma obra desse tamanho sem cobrar uma tarifa alta”, observa.