23 de novembro, de 2008 | 00:00
Qualidade acirra concorrência
Escola pública mais disputada busca estratégias para distribuir vagas
IPATINGA A diretoria da Escola Estadual João XXIII, no bairro Iguaçu, já elabora uma estratégia para evitar os transtornos para os pais que, em busca de vagas remanescentes para o ensino médio, formam filas dia e noite na porta do colégio à véspera da matrícula. A disputa é acirrada em janeiro, prazo final que a escola tem para fechar a lista dos alunos que vão ingressar na primeira série do ensino médio. É justamente para esta série que há maior procura, protagonizada por estudantes que vêm das escolas do ensino fundamental da rede municipal de ensino. A diretora da Escola João XXIII, Maristela Sousa Andrade Dias Martins, explica que o município não oferece ensino médio e sempre faz um zoneamento que distribui os estudantes da oitava série para as escolas do ensino médio da rede estadual, localizadas em áreas próximas. No caso do bairro Iguaçu, pertencem ao zoneamento do João XXIII as escolas Altina Gonçalves, uma parte da escola Nelsina Rosa, a Maria Rodrigues Barnabé e a escola Ewerson Magalhães Lage. Todos os estudantes destas escolas no entorno querem estudar no João XXIII, mas não há vagas para todos e não tem restado outra saída senão o critério de quem chegar primeiro”, admite a diretora. Ainda segundo Maristela, há alguns anos, uma tentativa de resolver a situação foi exigir que os pais apresentassem, no ato da matrícula, comprovante de residência no bairro Iguaçu. Mas descobrimos uns seis endereços falsos, denunciados por outros pais, e tivemos que cancelar essa modalidade”, explica.TranstornosMaristela Martins rebate a reclamação que os pais sempre fazem, sobre esperar na chuva e no sol pelo momento da matrícula. A diretora afirma que é impossível abrir os portões para que a espera seja feita no lado de dentro da escola sob sua responsabilidade. As pessoas estão lá fora porque elas querem; afinal, todas elas têm uma vaga na rede pública, não significa que seja exatamente aqui, mas há uma vaga na rede”, explica a diretora.A diretora insiste que a fila não é responsabilidade da escola. Entende que o problema é o Colégio João XXIII ser uma escola de referência onde todos querem estudar. Nós, os funcionários, ficamos muito agradecidos por causa disso e sentimos nossa responsabilidade muito maior, mas não podemos atender todo mundo”, afirma. Maristela conta que a matrícula para 2008 foi aberta no dia 11 de janeiro e o anúncio saiu com três dias de antecedência. Ocorreu que quinze minutos após o anúncio oficial da data formou-se a fila na porta do estabelecimento. Para evitar mais problemas na matrícula deste ano, a diretora confirma que a escola busca estratégias para distribuir as vagas remanescentes, mas nada será anunciado com antecedência, para evitar novos transtornos.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]