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08 de novembro, de 2008 | 00:00

Comissão definirá atrações dos 60 anos de Fabriciano

Bruno Jackson


Na posse da comissão, Chico Simões (em pé) disse que já estão sendo feitos ajustes para pagar o salário dos futuros servidores
FABRICIANO – Uma comissão reunindo diversos setores vai definir a programação da comemoração dos 60 anos de emancipação de Coronel Fabriciano, que serão festejados dia 20 de janeiro. As pessoas já confirmadas na comissão tomaram posse ontem, durante encontro realizado no prédio da Farmácia Indiana, no Centro. O convite continua aberto a outros representantes da sociedade civil ou autoridades que queiram se incorporar à comissão. Representantes de igrejas, entidades, Polícia Militar, Prefeitura e Câmara Municipal participaram do encontro de ontem. O prefeito Chico Simões (PT) frisou que a comissão não ficará restrita aos festejos dos 60 anos do município. “Queremos que esta comissão seja permanente e comece a organizar ações para aproveitarmos as riquezas da Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA), visando promover seu desenvolvimento com mais justiça social. Até o dia 20 de janeiro é festa, depois é muito trabalho”, decreta o prefeito. Eventos culturais, religiosos, shows e diversas outras atrações estão na pauta de discussão da comissão, mas por enquanto não há nada definido. “A comissão irá definir todo o calendário da festa. Será uma programação democrática, definida por vários representantes do município”, resume Chico Simões.No encontro de ontem, representantes da Usiminas, ArcelorMittal Inox Brasil e Vale marcaram presença. Mesmo na condição de anfitrião, Chico Simões não deixou de alfinetar os representantes do setor privado. Segundo ele, um dos desafios da comissão empossada ontem será diminuir a disparidade de investimentos em municípios da região. O prefeito citou o valor pago pela Cenibra ao eucalipto de Fabriciano, que ele considera irrisório. “Nosso município tem 80% de sua área rural com plantio de eucaliptos. Porém, Fabriciano é a cidade menos remunerada do Brasil, já que a Cenibra nos paga apenas R$ 65 mil por ano pela utilização do nosso eucalipto. É muito pouco, precisamos rediscutir estes valores”, avalia Chico Simões, lembrando também a expansão industrial. “As empresas da nossa região vão passar por expansão. Só que, mais uma vez, a riqueza parece que vai ficar concentrada em um único reduto, a exemplo da expansão da Usiminas, que beneficiará apenas Ipatinga e Santana do Paraíso. A visão deveria ser regional, pois os impactos da expansão serão regionais, atingindo a saúde, o transporte e a questão social. Portanto, a comissão que se forma agora terá um grande desafio pela frente, que é propor iniciativas de desenvolvimento integrado e igualitário em toda a região”, pontua Simões. Reforma AdministrativaNa tarde passada, Chico Simões também comentou sobre o projeto de Reforma Administrativa, de autoria do Executivo, que deve ir a votação na próxima sessão da Câmara de Vereadores, na próxima segunda-feira, 10, às 18h, em caráter extraordinário. A principal proposta é desmembrar algumas secretarias e fazer alguns remanejamentos previstos já para 2009. O projeto vai exigir a contratação de novos servidores, o que implica obrigatoriamente a realização de concursos públicos. Pela proposta, será extinta a Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, criando-se a Secretaria de Educação e Cultura e a de Juventude, Esporte e Lazer. A Secretaria de Administração e Finanças também será desmembrada. Segundo Chico Simões, o orçamento do município tem crescido muito (a estimativa para 2009 é de R$ 131.684.994,00), exigindo que as pastas de Administração e Finanças trabalhem separadamente. “É muito dinheiro. É preciso ter muito cuidado com as licitações e administrar com rigor. Por isso a necessidade de mais profissionais capacitados e com dedicação exclusiva a algumas tarefas”, avalia Chico Simões. RecursosChico Simões aposta no aumento de repasses do governo federal para que a contratação de novos servidores, em razão da Reforma Administrativa, não comprometa o orçamento municipal. “Estamos nos preparando para os ajustes. Deve haver um impacto de 1,2% sobre o orçamento. Pelo crescimento do Brasil, tivemos aumento no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Nossa expectativa agora é receber um acréscimo de R$ 100 mil de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços), em razão de mudanças na Lei Robin Hood (lei estadual 13.803)”, afirma o prefeito, que ainda não tem previsão do número de servidores que serão contratados, admitindo apenas que, no momento, há sobrecarga de trabalho. “Alguns servidores estão trabalhando além dos limites. Temos que mudar isso. Não pode haver essa sobrecarga. Os servidores não podem acumular funções e precisam ter o direito sagrado ao seu descanso e vida social”, observa Chico Simões.
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