04 de novembro, de 2008 | 00:00

Educação de qualidade

Escola Dr. Ovídio é primeira colocada em avaliação do Estado

Fotos: Wôlmer Ezequiel


Os alunos da turma 21 ainda estão eufóricos com o resultado
IPATINGA – Uma equipe diretiva responsável e professores comprometidos com a aprendizagem dos alunos, projeto pedagógico bem definido, ampla participação da família no processo escolar e interação escola-comunidade. Estes são alguns dos fatores que levaram a Escola Estadual Dr. Ovídio de Andrade, no Bom Retiro, em Ipatinga, a alcançar grande feito: ocupar o 1° lugar entre as 2.450 escolas mineiras analisadas pelo Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa) 2008, que visa avaliar a capacidade de leitura, entendimento e escrita dos alunos até os oito anos. Em uma escala com mínimo de 500 e máximo de 800 pontos, os alunos que cursam o 3º ano (antiga 2ª série) do Ensino Fundamental (turmas 20 e 21) da Escola Dr. Ovídio obtiveram média de 719,53 pontos, a maior do Estado.A injeção de ânimo para o excelente resultado deste ano foi a média de 2007, quando a escola obteve rendimento apenas razoável (573,87). “Ficamos tão envergonhados com o resultado do ano passado que somamos esforços para mudar. Nossa preocupação era com a melhoria da aprendizagem dos nossos alunos e não com nota. Mas estamos muito felizes e orgulhosos”, admite Evanilda Fernandes Sampaio, que há nove anos está à frente da direção da escola, localizada em um prédio construído em 1965 pela Usiminas.A mudança começou em janeiro deste ano, com uma reunião com os professores e pais dos alunos. “Queríamos que todos se sentissem co-responsáveis pelo processo de ensino. Com o somatório de forças, sabíamos que podíamos melhorar”. A partir daí, foi criado o Clube da Leitura: três vezes por semana, os alunos levam para casa livros ou pequenos textos para estudar. O material é devolvido à escola com o parecer dos próprios pais, que avaliam em uma ficha o nível de leitura dos filhos. “O formulário preenchido é entregue a uma pedagoga, que acompanha o desenvolvimento do aluno. Fazemos um gráfico comparativo e podemos aplicar um ensino mais direcionado em sala de aula”, explica a diretora.

Na turma 20, os pequenos notáveis também comemoram o primeiro lugar
Práticas simples garantem sucessoOs métodos simples, porém eficazes, têm estimulado o aprendizado dos mais de 700 alunos matriculados (1° ao 9° ano). Além da leitura, são oferecidas aulas de reforço, em período extraclasse, com professores da própria escola. Excursões, sessões de cinema e teatro, visitas a parques, sítios e exposição de arte também fazem parte das atividades da escola. Porém, engana-se quem pensa que tudo é lazer. Os alunos produzem relatórios, textos. “Tudo os leva a produzir”, ressalta a professora Alair Pires da Silva, que acumula 20 anos de docência, sendo 10 somente com o 3° ano. Ainda segundo ela, Português, História, Geografia, Ciências e Matemática são trabalhadas de forma interdisciplinar. “Nosso aluno aprende a ler, interpretar e produzir em qualquer conteúdo e disciplina”, garante. Alair e a professora Annapaula Eleutério Chaves, licenciadas em Português, não escondem o orgulho dos seus alunos do 3° ano. “Eles são o motivo da nossa profissão. Não somos professoras por falta de opção, mas porque escolhemos. O sucesso deles é o nosso sucesso”, dizem com emoção. Sobre as comparações que a turma do próximo ano poderá sofrer, as docentes são categóricas. “Vamos trabalhar com a mesma dedicação e com o mesmo propósito de promover a aprendizagem. Se, em 2009, atingirmos um bom resultado no Proalfa, ótimo; se não, eles serão os mesmos alunos, amados e respeitados”, enfatiza.

Ao centro, a diretora Evanilda Fernandes: elogio às professoras Alair e Annapaula
Comprometimento A diretora Evanilda elogia o trabalho das professoras, mas frisa que o resultado obtido reflete o comprometimento de outros profissionais. “É um processo de construção coletiva. Com certeza, no desempenho dos alunos tem uma parcela de contribuição de cada professora que trabalhou com eles nos anos anteriores, desde o início da alfabetização, aos seis anos”, pontua. A diretora acrescenta sobre a colaboração da comunidade, sobretudo nas manutenções prediais. “Neste ano, por exemplo, conseguimos terminar o Laboratório de Informática da escola. Houve recursos próprios e do governo, mas a ajuda da comunidade foi muito importante para que nossos alunos pudessem ter acesso à computação”. E finaliza: “Para o próximo ano, espero que tenhamos condições de fazer uma pintura geral, a fim de melhorar o ambiente escolar”.Serviço Escola Estadual Dr. Ovídio de AndradeRua Lourenço da Veiga, s/n, Bom Retiro - IpatingaContato: 3823-1480Landéia Ávila
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário