28 de outubro, de 2008 | 00:00

Sicoob Vale do Aço

Uma nova cooperativa de crédito para o Vale do Aço

Divulgação


Luiz Gonzaga Viana Lage aposta forte no crescimento do setor
IPATINGA - A Coopeco (Cooperativa de Crédito dos Empregados da Usiminas) e a Açocredi (Cooperativa de Crédito dos Comerciantes de Timóteo) se incorporarão para formar a Sicoob Vale do Aço.  Uma junção que fortalecerá ainda mais o cooperativismo na região, através da força e tradição das duas cooperativas. O presidente da Sicoob Vale do Aço, Luiz Gonzaga Viana Lage, em entrevista exclusiva ao Vale do Aço, fala mais sobre a incorporação.D.A - Como surgiu a idéia da junção das duas cooperativas?Luiz Gonzaga – A idéia de incorporação vem do âmbito mineiro. As cooperativas cresceram e chegaram ao seu limite máximo de atuação. Então, chegou a hora de ganharmos escalas para continuarmos operando e, ao mesmo tempo, perenizar o sistema. A forma de ganharmos espaço é unirmos forças. A Coopeco tem 42 anos de existência e atua só na área de empregados do Sistema Usiminas. Ao unirmos com a Açocredi, juntamos capital e tomadores. Com isso, a nossa cooperativa vai ser, em um curto espaço de tempo, no máximo três anos, a segunda maior cooperativa de Minas Gerais. D.A - O que vem a ser o Sicoob? O que essa marca favorece ao cooperativismo regional?Luiz Gonzaga  - O Sicoob é o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil, que atua em quase todos os Estados da União, com mais de 1.500 postos de atendimento. Antes do Sicoob cada Estado tinha sua Central, que operavam diferentemente umas das outras, seja nos pedidos ao governo, na normatização e na atuação das cooperativas. Então criamos esta confederação das cooperativas, para que ela venha regulamentar as cooperativas, de forma que tenham uma atuação uniforme, seguindo as mesmas regras e os mesmo preceitos. Definimos também que todas as cooperativas ligadas ao Sicoob teriam a marca do Sistema antes do seu nome, para facilitar os contatos com as pessoas de fora e, ao mesmo tempo, criar uma identidade única. Foi exatamente isso que aconteceu com a junção da Coopeco e Açocredi. Procuramos um nome comum. Por isso, Sicoob Vale do Aço, uma expressão de domínio público.    D.A - Qual a força das duas cooperativas no cenário cooperativista? Com esta junção, quantos cooperados a Sicoob Vale do Aço pretende alcançar no primeiro momento?Luiz Gonzaga – A Açocredi tem dez anos de existência, com aproximadamente 2 mil cooperados, atuando somente com a classe empresarial. A Coopeco tem 42 anos e 9,5 mil cooperados, sendo estes empregados do Sistema Usiminas. Através dessa união de experiências diferentes do cooperativismo vamos estender a associação para os empresários de Ipatinga e da microrregião do Vale do Aço. Não esquecendo que vamos ter Santana do Paraíso como força emergente na região. As duas cooperativas têm hoje 12 mil cooperados, e juntando com o empresariado, devemos ganhar mais uns 6 mil associados para a Sicoob Vale do Aço.  D.A - Por que unir as duas cooperativas? Quais serão os atributos positivos para os cooperados com esta junção?Luiz Gonzaga – A união é manter a força. Não adianta sermos grandes, até porque as duas cooperativas já chegaram aos seus limites. Temos então que buscar novos parceiros e, neste caso, são os empresários do Vale do Aço. Nós estamos falando em uma cooperativa que vai ter seu leque ampliado para várias cidades como Marliéria, Açucena, Santana do Paraíso, Joanésia, Ipaba e demais cidades da microrregião.  O cooperado vai ter uma cooperativa mais forte, com mais produtos a serem oferecidos e mais competitiva. Tudo isso somado ao universo que já temos hoje, que são mais de 1.500 postos de atendimento pelo Brasil afora, e agora em toda a região do Vale do Aço. O mais importante a frisar é o atendimento diferenciado que as cooperativas dão ao seu quadro social. A gente pode ver que nesse momento de crise, onde os bancos cortaram os créditos, aumentaram as taxas e reduziram os atendimentos, as cooperativas agiram de forma contrária. Mantiveram a carteira aberta, atendendo cada vez mais pessoas e não mexeram nas taxas de intermediação, mantendo os juros. D.A - Após a assembléia realizada no dia 20 de outubro, o que ficou decidido entre as partes? Qual é a nova mensagem cooperativista para a população regional?Luiz Gonzaga  - No dia 20 foi realizada uma assembléia onde as duas cooperativas se propuseram a se unir. Teremos outra assembléia unificando as cooperativas, aprovando o novo estatuto e a nova forma de atuar da cooperativa Sicoob Vale do Aço. A cooperativa não vai ter mudança interna nenhuma. Os cooperados vão ter os mesmos direitos e obrigações que tinham anteriormente. Nós vamos cada vez mais profissionalizar o nosso pessoal para um atendimento diferenciado do sistema financeiro comum. Hoje, as pessoas vão ao banco e não têm tratamento humanizado. Nós queremos que as pessoas venham aqui para conversar com gente. E queremos crescer sem nunca perdermos a condição de uma cooperativa. Todos os resultados e ganhos de uma cooperativa devem ser revertidos para o quadro social. Nós não estamos reinventando a roda. Estamos só melhorando a engrenagem desta roda que já funcionava muito bem. Mas estamos procurando crescer, não ficar estacionados no espaço. Senão, seremos presas fáceis no sistema financeiro convencional.
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