24 de outubro, de 2008 | 00:00

Combate ao trabalho infantil

Peti convoca rede pública de ensino para ajudar na proteção de crianças

Wôlmer Ezequiel


Aline: escolas são parceiras importantes no combate ao trabalho infantil
IPATINGA – Com a finalidade de diminuir a prática do trabalho infantil, foi realizada, na tarde de ontem, uma reunião entre representantes do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) e diretores de escolas municipais e estaduais. O encontro aconteceu na Prefeitura, com o objetivo de sensibilizar os educadores para entrarem na luta pela erradicação dessa prática. Dessa forma pretende-se preencher as 340 vagas disponíveis para práticas esportivas, culturais e pedagógicas fornecidas pelo programa, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedese).  A assistente social do Peti, Aline Formiga, informou que as escolas são grandes parceiras nessa batalha. “Nossa proposta é apresentar as ações do Peti na perspectiva de sensibilizar os diretores para a erradicação do trabalho infantil. Eles serão parceiros na captação dessas vagas, já que estão em contato com a comunidade e conhecem as crianças que estão em situação de trabalho infantil”, declarou. Conforme Aline, quando o Programa foi implantado, em 2002, eram disponibilizadas apenas 100 vagas para crianças entre 7 e 15 anos. Mas, diante da grande demanda constatada em uma pesquisa, o Estado fez um convênio com a administração municipal. “A Sedese viabilizou uma pesquisa em agosto do ano passado e, em uma semana, foram encontradas quase 300 crianças no trabalho infantil. Com o resultado, que foi tabulado pela Fundação João Pinheiro, a Sedese propôs o convênio. Assim, o número de vagas subiu para 340”, relatou.De acordo com a assistente social, o convênio possibilitou a descentralização do Programa. Atualmente o Peti possui sede em três bairros: Bom Jardim (Associação Movicat), Veneza (Ação Evangélica) e Canaã (Igreja Católica São Judas Tadeu). “Cada sede dá assistência à população dos bairros no entorno. Temos em andamento a proposta de montar um núcleo para dar atendimento à zona rural”, completou Aline Formiga. Ela ressaltou que o Programa é voltado apenas para crianças em situação de trabalho infantil. Cerca de 200 vagas estão à espera de indicações. “Vamos esperar o encaminhamento das escolas. Além disso, estamos fazendo uma busca nas ruas e nas feiras. Se a comunidade souber de crianças em situação de trabalho infantil ela pode denunciar anonimamente”, falou. Os telefones de contato são: 3829-8065 e 3829-8433. Na segunda quinzena de janeiro do ano que vem acontecerá uma colônia de férias para as crianças. Campanha Para reforçar essa mobilização, será lançada no dia 10 de dezembro a campanha “Infância Sim, Trabalho Não”. Bares, lanchonetes e restaurantes receberão 120 mil folhas de papel-toalha para bandejas e 10 mil porta-copos com mensagens de combate ao trabalho infantil. No dia da abertura acontecerá um seminário com a presença de representante da Sedese. O objetivo da campanha é sensibilizar a rede de proteção à criança e a sociedade para a repressão a esse tipo de prática.
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