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06 de outubro, de 2008 | 00:00

O prazer do voto mesmo após a idade obrigatória

Roberto Bertozi


O casal João Antônio e Elza Araújo faz questão de votar quando é ‘convidado’ pela Justiça Eleitoral
FABRICIANO – Tem muita gente que não faz questão de ir às urnas em domingos de eleições. Vai apenas pelo caráter obrigatório. Em contrapartida, há pessoas que aguardam, ansiosamente, o momento de exercer a cidadania. Foi o que a reportagem do DIÁRIO DO AÇO presenciou ontem, em Coronel Fabriciano, ao deparar com João Antônio Martins dos Santos, 82, e a esposa, Elza Araújo Martins, 80. Os dois, que já não têm a obrigação de votar, fazem questão de exercer esse direito.“É o prazer de votar, apenas. Acredito que todos devem cumprir com esse dever, mesmo aqueles que não têm essa obrigatoriedade, como as pessoas que têm mais de 70 anos”, resume João Antônio. Opinião parecida tem a esposa dele, Elza Martins. Ela lembra do tempo em que o pai dela era fazendeiro e um grande chefe político. “Desde nova, já convivia com a política. Isso fez despertar meus interesses e até hoje faço questão de votar. Tem muita gente que vê dia de eleição apenas como uma obrigatoriedade, mas no meu caso é muito importante interferir nas decisões da minha cidade”, frisa.EleiçãoO casal, que vive junto há 54 anos, confessa a aversão ao horário eleitoral gratuito e garante que tem “meios próprios” de entender os programas de cada um dos candidatos. “Tem muita gente que vota de acordo com o que vê na propaganda eleitoral, mas no meu caso olho muito o caráter e índole do candidato”, revela João Antônio.A estudante Renata Araújo, que cursa o terceiro ano cientifico no Colégio João Calvino e completa 18 anos no próximo domingo, preferiu não votar nessas eleições. Ela, que poderia estar com o título de eleitor em mãos, disse que vai esperar a maioridade para pedir o documento.“Sou meio descrente com as propostas políticas. Além de os candidatos a prefeito não me agradarem, não fiz questão de dar meu voto. As promessas são sempre as mesmas e os resultados nunca são alcançados da forma esperada. E o que mais me incomoda é o fato de muitos idolatrarem bandeiras e partidos”, desabafa a estudante. Roberto Bertozi
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