06 de outubro, de 2008 | 00:00

Do palanque ao consenso

Ferramenta já contava com a vitória ao votar, pela manhã

Fotos: Wôlmer Ezequiel


“Vamos descer do palanque e conclamar a cidade para a união e a paz”
IPATINGA - Assim que acabou de votar, às 10h35, na Escola Estadual João XXIII, no bairro Iguaçu, o candidato Chico Ferramenta (PT) mostrou otimismo em relação a sua vitória, mesmo diante de um quadro de disputa apertada e incerta por causa dos indecisos. “Vencendo as eleições, vamos descer do palanque e conclamar a cidade para a união e a paz para que possa garantir o desenvolvimento da cidade, principalmente no aspecto social”, disse Ferramenta. Em relação à reta final da campanha política, quando o debate de propostas foi substituído por acusações entre as coligações que disputavam a prefeitura, Ferramenta disse que foi uma das maiores vítimas dessa situação. “Mas eu decidi não fugir do debate de propostas e do programa de governo. Por isso, nossa candidatura cresceu tanto e teve apoio da população. Respeitamos o povo e procuramos falar só da nossa candidatura. Deixamos os outros falarem da gente”, concluiu o candidato, à porta do seu local de votação, em meio às palmas dos eleitores que mostravam sinal de aprovação dessa conduta. Da mesma forma, simpatizantes de Quintão não deixaram de manifestar um “Xô!”, “Fora!”, quando Chico entrou no carro.  VisitaNa passagem pela escola onde vota no Iguaçu, Ferramenta foi acompanhado pelo promotor de justiça Walter Freitas e pelo juiz eleitoral, Fábio Torres. Ambos conversaram rapidamente com o candidato e pediram aos assessores que procurassem dispersar os apoiadores. Fábio Torres lembrou que os candidatos são as grandes estrelas no dia da votação e isso por si só já atrai muitos eleitores a sua volta. “Candidatos podem passar pelos locais de votação. O que não pode ocorrer é a aglomeração das pessoas. Conversamos a respeito disso com todos os principais candidatos majoritários”, ressaltou. O promotor eleitoral, Walter Freitas, acrescentou que todos receberam as orientações em clima de cordialidade e prometeram atender a solicitação.  

Quintão: “Os adversários são apaixonados pelo poder e lutaram fortemente”
Campanha penosa e difícilCandidato à reeleição, Quintão fala dos bastidores da disputaO prefeito Sebastião Quintão (PMDB) foi pontual e chegou às 9h na Escola Estadual Manoel Izídio, no Centro, onde vota. Questionado sobre um quadro comum a várias cidades, onde prefeitos enfrentaram dificuldades para a reeleição, Quintão disse que, no caso específico de Ipatinga, a cidade é tradicionalmente petista. Conta que, em 2004, uma pesquisa indicou que 35% dos eleitores da cidade eram do PT. “O PMDB tinha 3% de simpatizantes e demais partidos abaixo de 2%”, lembra.O prefeito afirma que, há quatro anos, sua proposta foi eficiente para quebrar a hegemonia petista. “Mas esse pessoal não está morto não, está vivo. São apaixonados pelo poder e lutaram fortemente”, afirmou.Em referência direta ao adversário Chico Ferramenta, Quintão disse que a luta foi contra um homem que já tinha sido vitorioso três vezes para prefeito e que, em momento algum, subestimou suas relações de amizade. “E esse povo investiu pesado na campanha dele. Então, a campanha eleitoral deste ano foi cara, pesada, difícil e penosa. Tivemos resistência de alguns segmentos da mídia contra nossa candidatura, mas é bom que seja assim”, pontuou.Sobre o tom de acusações e baixarias que predominaram na reta final da campanha, para fustigar Chico Ferramenta, Quintão admitiu que isso fugiu ao seu controle. “O candidato às vezes não tem controle da situação. Enquanto está ligado no corpo a corpo, as reuniões do grupo político tomam decisões e, enquanto você pensa que um ataque merece resposta, a coisa já está na rua. Para as próximas campanhas, vamos alertar ao grupo que tenha mais comedimento”, explicou.  Informado de que eleitores entrevistados nas filas reclamaram do excesso de promessas, Quintão assegurou que, em seu governo, até agora procurou cumprir todas. “Só prometi o que posso cumprir”, garantiu.

Rosângela: candidata com a menor rejeição na eleição 2008 afirma que já pensa na próxima disputa municipal
Deputada Rosângela Reis já visualiza disputa em 2012Candidata reclama da falta de recursosCom um atraso de 50 minutos no horário informado por sua assessoria, a candidata Rosângela Reis (PV) chegou às 9h50 à Escola Estadual Márcio Cunha, no bairro Horto. Afirmou que foi intenso o trabalho da campanha e acredita que muitos eleitores entenderam a sua proposta de mudança. “Vejo que nossa campanha foi limpa, séria, e conseguimos levar nosso plano de governo”, afirmou. Sobre as dificuldades, Rosângela disse não ter dúvidas que o maior problema foi o financeiro. “Foi uma campanha de poucos recursos, mas nossa equipe sempre foi de muita garra, entusiasmo e chegamos bem à reta final”, disse.Rosângela também afirmou que a guerra de pesquisas caiu no descrédito da população. “Acredito que a maior pesquisa mesmo será agora, nas urnas, no dia da eleição”, observou.FuturoRosângela Reis também afirmou que o seu compromisso não acabou ontem, com a eleição. “Vai até 2012, quando assumirmos o nosso mandato e implementarmos as propostas que temos para a nossa cidade”, pontuou. A candidata disse que permanece na disputa e tem metas políticas a serem cumpridas. “Continuamos firmes no páreo e em busca dos propósitos defendidos junto à população”, acrescentou. Embora tenha criticado as pesquisas que intenção de voto, que sempre apontaram o seu nome em terceiro lugar na intenção de voto, Rosângela Reis lembrou que as mesmas pesquisas sempre a mostraram com a menor rejeição entre os candidatos em Ipatinga. “Vamos trabalhar para manter o diferencial em relação a outros candidatos, que é a proximidade e afinidade com nosso eleitor”, concluiu Rosângela Reis.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
MAK SOLUTIONS MAK 02 - 728-90

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário