03 de outubro, de 2008 | 00:00

Médicos do Vital Brasil aprovam checklist seguro

Medida da OMS reduz pela metade complicações cirúrgicas

ACS/HMVB


Em média, 15 cirurgias são realizadas por dia no Bloco Cirúrgico do HMVB
TIMÓTEO - Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de duzentos milhões de cirurgias de grande porte são realizadas no mundo e, pelo menos, sete milhões delas sofrem complicações em decorrência do ato cirúrgico. As complicações cirúrgicas, de acordo com a OMS, poderiam ser evitadas se procedimentos simples fossem seguidos pela equipe médica.Com base nas estatísticas e com o auxílio de especialistas, a Organização desenvolveu, em junho deste ano, um Checklist Cirúrgico Seguro para dar assistência às equipes médicas no cumprimento de etapas de segurança. Os procedimentos minimizam os riscos de complicações em pacientes que serão operados, já que, segundo o Ministério da Saúde, um milhão de pessoas morre a cada ano durante ou após uma grande cirurgia. No Centro Cirúrgico do Hospital e Maternidade Vital Brazil, o Checklist é uma medida adotada pela equipe médica responsável pelas cirurgias. Tanto anestesiologistas, técnicos de enfermagem, enfermeiros e cirurgiões gerais utilizam roteiros e relatório de informações de todos os pacientes que são encaminhados para a sala de cirurgias, para que não ocorram erros nos procedimentos ou de comunicação.“Fazer o cálculo das compressas que serão usadas na cirurgia, ter conhecimento sobre alergias, marcar o local do ato cirúrgico, verificar se o tipo de cirurgia corresponde ao paciente que está na sala cirúrgica e conferir o material usado nos procedimentos são medidas estabelecidas pela OMS e já seguidas pela nossa equipe”, afirma o cirurgião plástico Ari Júnior.Para dar início ao ato cirúrgico, o primeiro contato do paciente é com um técnico de enfermagem que preenche um relatório questionando a condição do paciente, bem como o histórico clínico. São obtidas informações sobre os tipos de alergias, explicações sobre os procedimentos executados, equipamentos e materiais utilizados no ato da cirurgia.Após o contato com o técnico de enfermagem, o anestesiologista se dirige ao paciente para confirmar as informações e os procedimentos. “Perguntamos repetidas vezes ao paciente sobre alergias a medicamentos para não aplicarmos substâncias que possam ser recusadas pelo organismo. Conferimos se o paciente não está em jejum e analisamos todos os exames clínicos, laboratoriais e cardiológicos”, explica o anestesiologista Gilberto Damásio, do HMVB.A medida sugerida pela OMS, apesar de já seguida pelos médicos do HMVB, é vista como um dever profissional, segundo o cirurgião geral Tadeu dos Reis. “Antes de ser uma medida, é uma obrigação do médico se precaver de todos os possíveis deslizes e complicações de uma cirurgia. A medida é coerente com a nossa proposta de trabalho, tanto sob o aspecto humano, técnico e profissional, já que o paciente é o foco da nossa atenção”, define o cirurgião do Vital Brazil.No HMVB são feitas em média 450 cirurgias por mês e, ainda de acordo com o médico, para evitar complicações futuras, após a cirurgia o paciente é colocado numa sala de recuperação pós-anestésica acompanhado de um técnico de enfermagem para observar seu estado e condições.
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