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26 de setembro, de 2008 | 00:00

Investimentos de R$ 40,5 milhões

Vale expõe projetos de obras no trecho Ipatinga-Santana do Paraíso

Wôlmer Ezequiel


Paulo Curto falou em coletiva sobre as obras que a região receberá
IPATINGA – A construção da terceira linha ferroviária da estrada Vitória a Minas, com 10,5 quilômetros de extensão no trecho entre os municípios de  Santana do Paraíso e Ipatinga, levantou uma série de dúvidas quanto às conseqüências do empreendimento. Depois de uma série de reuniões para esclarecer os questionamentos em torno da obra, o cronograma de trabalho foi apresentado ontem pela Vale, durante coletiva à imprensa. Na oportunidade, o gerente-geral de Gestão Integrada e Projetos da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFMV), Paulo Curto, focalizou detalhes do projeto, orçado em R$ 40,5 milhões. Segundo ele, as obras vão gerar 900 empregos diretos e indiretos, e 600 vagas são destinadas para pessoas da região. O prazo para conclusão é maio de 2009. O “pacote” inclui, além da construção da linha, a complementação do cinturão verde, instalação de túneis para drenar o Ribeirão Ipanema, construção de outro viaduto e alteamento do mais antigo, um novo prédio para a Estação Intendente Câmara e obras no bairro Vila Ipanema.  Meio ambiente Do ponto de vista de impacto ambiental, havia resistência ao corte de árvores que será feito no cinturão verde à margem das avenidas Cláudio Moura (BR-458) e Pedro Linhares (BR-381), em trecho de 4,3 quilômetros. Paulo Curto informou que, após estudos e readequações, o número de árvores a serem cortadas caiu de cerca de 600 para 150. “Para suprir esse desgaste a empresa plantará 1.400 mudas, com a finalidade de preencher os espaços vagos. A ação será feita após a construção da linha”, explicou o gerente. Outra medida compensatória é o plantio de três árvores para cada uma das 150 que serão cortadas. Por orientação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a empresa fará o plantio no Parque União, situado no bairro Planalto. “No Parque serão plantadas outras 450 árvores”, completou. A Vale possui licença ambiental expedida pelo Ibama para a execução do projeto. As árvores serão monitoradas pela empresa durante três anos. Drenagem O projeto de mitigação de impactos ambientais das obras prevê ainda a construção de dois túneis de drenagem do ribeirão Ipanema, próximo ao aeroporto. A idéia é facilitar a vazão da água feita pelos quatro túneis existentes, que possuem capacidade para 226,8 m³. Os novos bueiros terão 2,20m x 2,70m e aumentarão o fluxo para 272,8 m³. “Vamos ajudar a diminuir o assoreamento do ribeirão e contribuir para a diminuição de inundações das casas ribeirinhas”, completou Paulo. Os túneis custarão R$ 2 milhões.    Viadutos Para o funcionamento da terceira linha, será necessária a construção de outro viaduto nas proximidades do bairro Vila Ipanema, além do alteamento do mais antigo existente sobre a BR-458. O atual viaduto terá a altura aumentada de 4,70 m para 5,50m, em razão da dificuldade de passagem de caminhões de carga no local. A comunidade sempre questionou os prováveis transtornos gerados pela execução da obra. Paulo Curto explicou que a primeira parte do processo será a construção do novo viaduto. Segundo ele, serão feitas duas interrupções de 12 horas do trânsito no local. “Elas acontecerão em finais de semana alternados, com um espaço de cerca de 30 dias entre uma e outra. A data ainda não está definida, mas será em breve. Na primeira intervenção, colocaremos o pilar central, e depois as vigas”, detalhou Paulo.  O gerente esclareceu que, durante a interrupção do trânsito, o motorista  terá de fazer um desvio pelo bairro Cariru. “Estamos consultando a Prefeitura, população e demais órgãos como a Polícia Militar para tomar a decisão. Já estamos confeccionando as placas de sinalização. Os transtornos serão inevitáveis, mas pretendemos amenizá-los ao máximo. A intervenção foi autorizada pelo Dnit, órgão responsável pelo trecho”, pontuou.  Paulo também explicou como será a modificação do viaduto existente. “O alteamento é um corte que será feito na estrutura de concreto, a fim de permitir o aumento da altura. Não vamos demolir o viaduto”, contou. Essa parte da obra e mais outras intervenções ligadas à infra-estrutura exigirão investimentos de R$ 23 milhões.Polliane Torres
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