10 de setembro, de 2015 | 11:00

Polícia prende acusado de golpes milionários com estelionato.

Delegado responsável pelo caso apresenta detalhes das investigações.

A Polícia Civil finalmente prendeu, o suspeito de estelionato Álvaro Vieira de Melo Cativo, que, segundo investigação, aplicava golpes em Alagoas e outros estados do Nordeste. A operação foi realizada pelo 9º Distrito Policial (DP), com apoio da equipe da Operação Policial Litorânea (Oplit). Álvaro foi preso em flagrante, num shopping de Maceió, enquanto tentava fechar negócio com mais uma vítima.

Segundo o delegado Nivaldo Aleixo, o suspeito se passava por empresário do ramo de minérios – com a venda de tantalita, utilizado na fabricação de eletrônicos – e convencia as vítimas a entrar numa sociedade com ele, que pedia um capital de investimento alto. Após conseguir fechar negócio, Álvaro dizia que a empresa estava mal e sumia. A vítima de hoje chegou a assinar contratos e entregar um cheque de R$ 2 milhões antes da chegada dos policiais.

Álvaro Vieira de Melo Cativo, que tem residência em Pernambuco, já vinha sendo investigado desde fevereiro por aplicar o mesmo golpe em um comerciante do bairro Jacintinho, em Maceió, que perdeu R$ 2,5 milhões. O inquérito foi concluído pelo delegado Nivaldo Aleixo no último mês de maio. "Hoje, tínhamos como provas o cheque, o contrato fraudulento e o próprio Álvaro, que já tinha sido investigado pelo mesmo golpe", disse o delegado.

De acordo com o delegado, para convencer as vítimas, Álvaro dizia que o retorno do investimento era rápido: em apenas um mês, seria possível recuperar quase 40% do investimento. Aleixo afirma que o golpe era praticado, principalmente, em Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Bahia, e que pesam contra Álvaro várias acusações de estelionato, inclusive fora do país.

A operação só foi possível, segundo o delegado, após uma denúncia anônima que alertou a polícia sobre o encontro de hoje entre Álvaro e a vítima. No momento da prisão, o acusado estava em companhia de dois seguranças, que serão ouvidos como testemunhas.