18 de setembro, de 2008 | 00:00

Terceira linha avança

Construtora inicia primeiros metros da obra ferroviária

PARAÍSO – A obra da terceira linha da Vale já avança nas proximidades da passagem de nível da estrada de ferro Vitória-Minas, perto do Distrito Industrial de Santana do Paraíso. Segundo informação da Assessoria de Imprensa da Vale, a linha terá cerca de 10 quilômetros de extensão entre a área do aeroporto e o bairro Ferroviários, em Ipatinga. A proposta é atender ao aumento da demanda com a expansão de capacidade de produção da Usiminas e a implantação da nova usina de placas, no município vizinho a Ipatinga. Toda a movimentação de placas entre a nova usina e a usina Intendente Câmara será feita via estrada de ferro. Embora a obra já tenha sido iniciada, conforme pode ser visto com o trabalho de operários da Construtora Aterpa, a assessoria da Vale em Vitória (ES) não tem, ainda, a previsão da conclusão do projeto nem os valores dos investimentos.Conjunto de viadutos será ampliadoComo parte da obra, a Vale terá que construir um quarto viaduto nas proximidades do bairro Vila Ipanema, para a passagem da terceira linha. Ainda no local, está prevista a reconstrução de outro viaduto já existente sobre a BR-458. Por causa da altura de 4,5 metros sobre a pista, é comum que cargas mais altas fiquem entaladas no viaduto do meio, que foi o primeiro construído para o atual traçado da EFVM. Por causa disso, o viaduto mais antigo será demolido para a construção de outro mais alto. A obra neste ponto vai demandar a interdição do trânsito, em data a ser confirmada pela Vale. Enquanto isso, as placas que indicarão os desvios no trânsito para o acesso entre o Castelo/Cariru ao Centro de Ipatinga já foram providenciadas. Quem estiver no Centro e quiser sair para Caratinga terá que dar a volta pelos bairros Horto/Bom Retiro e Cariru.     Cinturão A construção da terceira linha ferroviária na estrada de ferro Vitória-Minas entre Santana do Paraíso e Ipatinga gera impactos ambientais, entre eles o fim do cinturão verde às margens das avenidas Cláudio Moura e Pedro Linhares. A medida já está licenciada, mas ambientalistas entendem que o cinturão cumpre importante papel na amortização da poluição gerada com a passagem de trens.Nota divulgada pela assessoria da Vale destaca que sobre o assunto foi apresentada à comunidade e ao Ministério Público Federal, em Ipatinga, uma cópia do Plano Básico Ambiental com os impactos da obra. “Em alguns pontos haverá supressão de árvores necessária à instalação da ferrovia. O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais, Ibama, órgão responsável pelo licenciamento ambiental, concedeu autorização para esta intervenção”, acrescenta. Como medida compensatória, a Vale se propôs a plantar três árvores para cada árvore retirada, em local definido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, no caso, o Parque União, localizado no bairro Planalto.Alex Ferreira