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18 de setembro, de 2008 | 00:00

Média de óbitos no trânsito do Vale do Aço supera capital

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Acidente de trânsito integra o cotidiano em Ipatinga
IPATINGA – A Semana Nacional de Trânsito, que tem lançamento hoje, reforça o debate sobre a necessidade de ações práticas de melhoria da segurança no trânsito, principalmente para as crianças. Elas são o tema central da campanha, conforme definição do Conselho Nacional de Trânsito, diante dos índices cada vez alarmantes de crianças envolvidas nos acidentes de transporte.Na Região Metropolitana do Vale do Aço um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge), do ano de 2007, mostrou que Timóteo, Ipatinga, Coronel Fabriciano e Santana do Paraíso juntas possuíam 128.688 veículos. Em Ipatinga, eram 3,08 pessoas por veículo, em Fabriciano, o índice era de 4,08 pessoas por carro, em Timóteo 3,06 pessoas por veículo e Santana do Paraíso 12,19 pessoas veículo.Um dos coordenadores das atividades da campanha de trânsito 2008 no Departamento de Estradas de Rodagens, o economista Daniel Miranda observa que os índices mostram o crescimento vertiginoso da frota, mas na ultima década não se viu nenhum investimento na estrutura viária da região para comportar a demanda gerada.AgravamentoComo resultado desses fatores, o economista Daniel Miranda afirma que é preocupante a Taxa Média de Óbitos por Acidentes de Transporte (TME). Planilha elaborada pelo DER com os dados do Sistema Único de Saúde, mostra que as quatro cidades da Região Metropolina do Vale do Aço (RMVA) atingiram 18,8 na TME em 2004. “Os dados do SUS têm essa defasagem de 4 anos. No entanto, de lá para cá a frota só aumentou e nenhuma intervenção considerável na malha viária da região foi feita. Assim, os dados atuais podem ser ainda maiores”, observa Daniel Miranda. A título de comparação, o economista explica que, no mesmo período, a TME na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) foi menor do que a do Vale do Aço: 18,43. A TME em Minas Gerais foi de 18,10 e no Brasil foi de 19,65. “O que preocupa na verdade é que, em 1990, a TME na RMVA era de 11,53 e não parou de crescer, ano a ano. Enquanto isso, a TME de Belo Horizonte segue um curso inverso e cai ano após ano”, observa Miranda. Alex Ferreira
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