16 de setembro, de 2008 | 00:00

Refúgio ecológico

PERD reabre área de camping e restaurante e finaliza reformas

Wôlmer Ezequiel


A área de camping, equipada com luz, água e banheiros, possui capacidade para 250 barracas
MARLIÉRIA – Depois de ficar um ano e três meses desativados, a área de camping e o restaurante do Parque Estadual do Rio Doce (PERD) voltarão a funcionar a partir de outubro. A licitação foi vencida pela CPOM, de Timóteo. A empresa vai administrar o serviço de acampamento e de alimentação, conforme informa o diretor do Parque, Marcus Vinícius de Freitas. Em breve, os amantes da pesca também poderão retomar seu hobby. Segundo Marcus, o edital de licitação para essa atividade será publicado em breve. Marcus Vinícius informou que ainda não houve definição sobre o valor do ingresso para o camping. Para estipular a taxa, a gerência fez um levantamento dos preços cobrados nas lagoas Silvana, Tiririca e Bonita. “Vamos tirar uma média para conhecer o preço praticado no mercado e arredondar para baixo. O valor será para cobrir custos com manutenção como água, luz e limpeza”, disse. Crianças de até 10 anos de idade e idosos com mais de 60 serão isentos da taxa. Para acampar, não é preciso fazer agendamento. A área de camping tem capacidade para 250 barracas. Atualmente, o PERD só está aberto para visitação, de 8h às 17h, com entrada franca.O preço do serviço de alimentação cobrado pela concessionária deve seguir o praticado no mercado, conforme esclareceu Marcus Vinícius. “O Parque fiscaliza isso. Se houver algum abuso, temos autoridade para interferir nisso”, adverte. O gerente do PERD salientou que o objetivo de disponibilizar o camping à população é promover a educação ambiental. “Nosso objetivo não é o lucro e sim dar oportunidade às pessoas de conhecerem nossa reserva. Ninguém gosta do que não conhece. Temos um trabalho educativo de interpretação ambiental. Realizamos palestras e temos também quatro trilhas de interpretação usadas para traduzir a linguagem da natureza e assim despertar a consciência ambiental nos visitantes”, comenta. O pico de visitação na reserva ocorre nos feriados e férias. A média anual de público é de 18 mil pessoas. “Não visamos quantidade de público e sim qualidade, ou seja, um público que se sensibilize com a preservação da Mata Atlântica”, completa.ReformasAo visitar o parque, o turista vai se deparar com um visual diferente. Está em fase de finalização a reforma do PERD, iniciada há mais de dois anos. As obras são orçadas em cerca de R$ 3,5 milhões, com recursos do Governo Estadual, do banco alemão KFW e do projeto Pró-Mata. A verba foi aplicada em vários setores. Entre eles, está o mirante que ganhou uma rosa-dos-ventos e um Centro de Visitantes, onde o Instituto Terra Brasilis está montando, por meio de licitação, uma exposição educativa. As melhorias atingem ainda quiosques, churrasqueiras e banheiros da área de camping, laboratórios e centros de pesquisas, entre outros. A inauguração oficial da nova estrutura está prevista para a última semana de outubro, com a presença do governador de Minas, Aécio Neves (PSDB). Sobre a expectativa quanto a retomada da prática da pesca, Marcus Vinícius explicou que a única pendência é a formulação de um edital. “Já temos estrutura física, mas falta abrir licitação para indicar a empresa que administrará o aluguel de embarcações. Para isso, estamos estudando se vamos adquirir a embarcação e contratar só o serviço, ou se a empresa terá que oferecer os barcos. É um investimento alto com retorno lento”, detalhou. Outra atividade que será terceirizada é o arborismo. RestriçõesAntes de arrumar as malas para um agradável passeio pelo PERD, o visitante deve saber que, ao chegar à reserva, ele terá algumas restrições. “O espaço não é um clube, por isso impomos uma série de restrições quanto a barulho, entre outros. Nosso comprometimento é com o equilíbrio do meio ambiente. Aqui é um lugar contemplativo, para descansar”, finaliza Marcus Vinícius.Leia mais:Parque Rio Doce está impedido para campingLicitação prorrogada pelo IEFPolliane Torres
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