12 de setembro, de 2008 | 00:00

Turno fixo irreversível

Presidente da Usiminas fala sobre mudanças “sem pressa nem emergência”

Wôlmer Ezequiel


Castello Branco: “não vamos adiar mais essa decisão de implantar o turno fixo”
IPATINGA – Durou cerca de uma hora a entrevista em que o presidente do Sistema Usiminas, Marco Antônio Castello Branco, tratou com a imprensa regional de diversos assuntos. Desde que assumiu a presidência do grupo, em abril último, Castello Branco já havia falado rapidamente com a imprensa durante eventos públicos. Em uma mudança radical do que ocorria até agora com seus antecessores na Usiminas, a entrevista ontem de manhã, no auditório da Usiminas Mecânica foi ampla, sem a limitação de assuntos. Turno fixo de trabalho na usina Intendente Câmara, Hospital Márcio Cunha, mudanças nas entidades do chamado “braço social” da Usiminas, investimentos no esporte profissional e a criação do Usiesporte estão entre os temas tratados.Sobre os impactos ambientais que os empreendimentos do grupo Usiminas vão gerar, Castello Branco explicou que as negociações para o licenciamento prevêem planos de compensação que envolvem, entre outras ações, recuperação de diversas áreas degradadas. “O IEF será nosso parceiro. Um dos investimentos será na ampliação do horto florestal no Parque Estadual do Rio Doce, para a produção de mudas de espécies nativas destinadas à revegetação”, detalhou.     O dirigente confirmou a revisão organizacional da Usiminas, uma reestruturação já em curso, “mas sem pressa nem emergência”, garantiu. “A empresa está bem, crescendo, e vamos fazer a renovação alinhada com a expectativa de crescimento. Temos oito mil sugestões de funcionários das empresas do grupo, que contribuíram com propostas do que pode ser feito para melhorar a eficiência, diminuir a burocracia e melhorar o atendimento dos nossos clientes”, explicou.Turno fixoO presidente da Usiminas classificou como “uma decisão irreversível” a implantação do turno fixo em Ipatinga. Segundo ele, essa firmeza é fruto de uma experiência que o grupo traz de Cubatão (SP), bem como de outras empresas no Brasil. “Estamos em um ritmo de produção muito elevado, com sobrecarga de trabalho e horas extras que serão resolvidas com essa mudança”, afirmou. O presidente também confirmou que a fixação de turnos vai demandar a admissão de 800 pessoas na Intendente Câmara. A mudança, segundo o executivo, visa principalmente adequar as condições de trabalho conforme Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Público, e que está sem cumprimento até hoje. “Essa é uma decisão irreversível, em negociação com o sindicato, porque precisamos nos adequar ao que a legislação nos impõe. Já estamos atrasados e minha decisão é de não adiar mais esse enquadramento”, reafirmou.Segundo o presidente da Usiminas, até meados de outubro deve estar contratado o contingente necessário para o remanejamento necessário ao regime de turno fixo. A assessoria da Usiminas confirma que a jornada fixa de 8 horas envolve cerca de 3 mil trabalhadores atualmente no turno de revezamento. Nesta sexta, às 14h, a Usiminas envia representante à audiência pública, na Câmara de Ipatinga, para debater o assunto.Alex Ferreira
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