12 de setembro, de 2008 | 00:00

Campeões da alfabetização

E.E. Dr. Ovídio de Andrade conquista 1º lugar na avaliação do Proalfa

IPATINGA – A Escola Estadual Dr. Ovídio de Andrade, no Bom Retiro, está em festa. Os rostos de alegria registrados na foto traduzem a sensação de ser a escola campeã de Minas Gerais na avaliação do Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa). Entre as 2.450 instituições avaliadas, a escola de Ipatinga se destacou por conquistar 719,9 pontos da média, que vai de 500 a 800. A prova foi feita por 68 alunos do 3° ano do ensino fundamental, fase em que o processo de alfabetização está em conclusão. No ano passado, a escola fez 573 pontos. O total ora alcançado ultrapassou as metas estabelecidas pela Secretaria de Educação para os próximos dois anos. A média para 2008 era de 597 pontos. Para 2009 a estimativa é de 630 pontos e, em 2010, a meta é 673 pontos.Nas salas e corredores do prédio, alunos, professores, pedagogos e diretoria comemoravam com muita emoção a conquista. A diretora, Evanilda Fernandes Sampaio Alves, contou que, ao receber a ligação informando o alcance desse feito, a princípio também pensou que se tratasse de um trote. “No ano passado não conseguimos resultado tão legal como as outras escolas. No início deste ano fizemos o pacto de alcançar a meta e, se possível, ir além. Graças a Deus, conseguimos. Recebemos a notícia com muita surpresa”, relatou. Evanilda explicou que a meta do governo estadual é que alunos com até 8 anos de idade devem ler e escrever bem, para acabar com a repetência e evasão escolar. “Essas avaliações sistêmicas são preparadas pela Secretaria de Educação, que envia fiscais para aplicação da prova e faz a correção. Não temos nenhum contato com a prova. Depois do resultado, recebemos as questões erradas e certas para podermos trabalhar as falhas com vistas ao aprimoramento no próximo ano”, afirmou. ReceitaAo falar sobre as ações que levaram à melhoria da pontuação da escola, Evanilda destacou a dedicação dos professores e a importância dos trabalhos paralelos. Para ela, o resultado é fruto de ações simples. “A alfabetização é a nossa menina dos olhos. Os alunos de baixo rendimento recebem atendimento especial. Oferecemos reforço bibliotecário, projeto de leitura, além de orientações de pedagogos para mães que têm dificuldade de atender os filhos nos deveres de casa. Nas salas, procuramos fazer um ambiente alfabetizador afixando nas paredes produções dos próprios alunos. Eles estão sempre enxergando coisas para ler. O professor de educação física aplica em parte de suas aulas jogos alfabetizadores que incentivam a leitura e a escrita, além da matemática. Isso tudo é feito com nossas salas cheias. É um trabalho normal como toda escola faz, não tem muita diferença”, declarou. Ainda de acordo com a diretora, os alunos que se sobressaem nas atividades recebem gratificações. Para comemorar essa vitória eles farão hoje um passeio em um sítio. Evanilda ressaltou o apoio da Superintendência Regional de Ensino, que oferece capacitação e acompanha a rotina escolar de perto. As duas turmas de 3° ano são comandadas por quatro professoras, sendo uma de Ensino Religioso e outra e de Educação Física. A intensificação da alfabetização fica a cargo de Ana Paula Eleotério Chaves e Alair Pires Silva, ambas formadas em Letras. Cooperação A professora Alair Pires disse que a “medalha de ouro” é um reflexo do trabalho realizado desde o momento que as crianças entram na escola. “O trabalho de alfabetização do terceiro ano é complementar ao que vem das séries anteriores, porque a equipe é extremamente comprometida”, comentou. Alair também frisou a importância da participação efetiva da família na escola. “O envolvimento familiar é muito bom. Diante de qualquer problema, a família é convocada para ajudar a resolver a questão. Nós e os alunos ficamos muito felizes com a notícia. Isso é reconhecimento de um grande trabalho”, finalizou a professora. Polliane Torres