11 de setembro, de 2008 | 00:00

Desnutrição atinge 50% de internados

ACS/HMVB


Nutricionista visita paciente no quarto do HMVB
TIMÓTEO - Segundo dados do Instituto de Metabolismo e Nutrição (IMeN), existem no Brasil 6.653 hospitais públicos (21,4%) e privados (78,6%) que vêm sentindo a necessidade de expandir seus serviços no setor de alimentação, isso porque a desnutrição hospitalar chega a atingir de 30% a 50% dos internados.O serviço de nutrição em um hospital atua na produção diária de refeições para os internados, acompanhantes e funcionários, bem como na qualidade dos alimentos. Cada paciente internado exige uma dieta específica segundo suas necessidades, debilitações e patologias. Dessa forma, o setor de nutrição hospitalar é o responsável por elaborar os cardápios.No Hospital e Maternidade Vital Brazil existe a Unidade de Alimentação e Dietética (UAN) que atua nesse sentido. Por dia, são oferecidas em média 700 refeições incluindo café, lanches, almoço e jantar a pacientes, acompanhantes e funcionários. Todo o cardápio é de responsabilidade da Equipe de Suporte Nutricional, sob supervisão da nutricionista Sanale Arêdes.“Nosso objetivo no Vital Brazil é o de garantir a recuperação do paciente internado através de uma alimentação adequada. Por isso, existe uma preocupação da equipe em adotar procedimentos que garantam a qualidade higiênico-sanitária de todo o processo de preparação das refeições”, explica a nutricionista.Sanale ainda afirma que “a desnutrição acontece por causa da redução da ingestão de alimentos junto à necessidade de energias que o metabolismo em desequilíbrio do paciente exige. Uma enfermidade traz debilitações ao sistema imunológico de forma natural, por isso a importância da alimentação”, reforça.De acordo com um levantamento acadêmico realizado neste ano por estagiários do setor de UAN do Vital Brazil, o número de pacientes bem nutridos foi positivo. Adultos e idosos apresentaram um índice respectivo de 76,5% e 62,5%. Outra medida adotada pelo hospital para obter este controle de maneira eficiente é através da proibição de entrada de alimentos com os acompanhantes.“Assim como na maioria dos hospitais, é proibida a entrada de qualquer tipo de alimento por sabermos que, se uma dieta não for seguida, o paciente pode retardar o processo de recuperação e conseqüentemente o tempo de internação no hospital”, justifica Luiz Carlos dos Santos, diretor administrativo do HMVB.A nutricionista realiza diariamente no hospital visita aos leitos dos setores de internação, clínica médica e Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para fazer uma avaliação dos pacientes quanto às refeições que são servidas. “A alimentação pode ser um dos poucos prazeres que o internado pode ter dentro de um hospital e por isso levamos em consideração a opinião e o gosto do paciente em relação ao que servimos”, frisa.
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