10 de setembro, de 2008 | 00:00

Eleitor é convidado a analisar critérios

Bruno Jackson


Eveline lamenta que campanhas políticas estejam focadas em ataques pessoais
IPATINGA – Várias paróquias da região estão aderindo a uma campanha da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de conscientização da população nas eleições de 5 de outubro. A intenção da CNBB é mobilizar o eleitor a combater a prática de compra de voto, vedada pela Lei 9.840, além de estimular o voto consciente. No intuito de divulgar a campanha, os bispos divulgaram uma declaração intitulada “Eleições 2008” em todo o país, assinada pelo arcebispo de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da CNBB. Embora não declarem apoio, os bispos endossam a campanha da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que condena a candidatura de políticos com “ficha suja”, referente àqueles que já foram condenados pelo menos em primeira instância. Em um dos seus trechos, a carta da CNBB diz: “Propomos critérios para a votação: respeito ao pluralismo cultural e religioso; comportamento ético dos candidatos (as); e defesa da vida, da família e da liberdade de iniciativa no campo da educação, da saúde e da ação social, em parceria com as organizações comunitárias. Consideramos qualidades imprescindíveis para os candidatos (as): honestidade, competência, transparência, vontade de servir ao bem comum, comprovada por seu histórico de vida. Para tanto, reafirmamos o Documento de Aparecida ao ‘apoiar a participação da sociedade civil para reorientação e conseqüente reabilitação ética da política”. AtaquesMembro da Renovação Carismática Católica (RCC), Eveline Nardy Costa é uma das divulgadoras da campanha da CNBB em Ipatinga. “Os padres das nossas paróquias nos pediram para divulgar amplamente a campanha”, afirma. Eveline Costa lamenta que, no Vale do Aço, o conteúdo das propagandas eleitorais, especialmente para prefeito, esteja tomado pelos ataques pessoais. “As campanhas deveriam estar centradas em projetos e planos de governo, não em ataques políticos. Mas ao invés de mostrarem ao povo o que fizeram ou pretendem fazer, boa parte dos políticos ocupa o tempo criticando uns aos outros”, opina a representante da RCC. “Creio que a campanha da CNBB também será importante para alertar o eleitor sobre essa prática, orientando-o a condenar nas urnas quem deixa de lado as propostas consistentes para fazer campanha de ataques”, completa Eveline Costa.
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