10 de setembro, de 2008 | 00:00
Professores mantêm greve
Paralisação completa duas semanas. Pais condenam interrupção de aulas
IPATINGA Reunidos em assembléia ontem à tarde, trabalhadores da rede estadual de ensino decidiram manter o movimento grevista iniciado há duas semanas e que atinge, de forma parcial, 50% das escolas da rede estadual no Vale do Aço, segundo estimativa da subsede do Sind-UTE em Ipatinga. A 9ª Superintendência Regional de Ensino contesta essa informação, acrescentando que, das 75 escolas estaduais em 11 municípios sob sua jurisdição, há registro de paralisação parcial em apenas 23 unidades, o que representa 23% de paralisação parcial. Segundo a 9ª SRE, a paralisação só atinge as cidades da Região Metropolitana do Vale do Aço. Em Santana do Paraíso há uma escola parcialmente parada; em Timóteo, cinco; em Ipatinga, nove; e em Coronel Fabriciano, oito. Na segunda-feira, 8, representantes do sindicato e da Secretaria de Estado de Educação realizaram a primeira rodada de negociação, mas não houve avanço no sentido de um acordo. Conforme o diretor de comunicação do Sind-UTE, Antônio Braz, não foram tratados itens relativos à reivindicação da greve, que é o cumprimento do piso salarial nacional de R$ 950, melhores condições de ensino e atendimento na saúde para os profissionais da área. O governo preferiu tratar de questões antigas, reivindicadas em outras ocasiões”, explicou o diretor. Uma nova audiência foi marcada para a próxima sexta-feira para a seqüência da negociação. ReprovaçãoA greve dos professores completa, nesta quinta-feira, duas semanas de duração e ainda não há previsão para acabar. Do outro lado dessa situação, pais que antes se calavam diante da paralisação, agora não escondem a insatisfação. Por e-mail ou cartas encaminhadas à redação, os pais deixam claro que reprovam a greve, embora muitos reconheçam a legitimidade da reivindicação dos professores. No entanto, entendem que os profissionais da educação deveriam buscar alternativas para resolver suas demandas, sem causar prejuízos aos alunos.Alex Ferreira
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