03 de agosto, de 2008 | 00:00

Obra incompleta

Acesso clandestino e vidas em risco no Nova Esperança


Alça irregular no Nova Esperança tem trânsito cada vez mais intenso
TIMÓTEO – Os moradores do bairro Nova Esperança aguardam até hoje a construção de uma passarela para a interligação com o Santa Terezinha. A “peleja” começou há cerca de três anos, quando foi aberto o trânsito no contorno rodoviário da BR-381. Atualmente, os pedestres e ciclistas precisam enfrentar os tráfegos da rodovia e da Estrada de Ferro Vitória-Minas para transitar de um lado para o outro. Há aproximadamente um ano, um projeto de passarela tramita entre a Vale e o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), mas enfrenta dificuldades por causa de adequações exigidas pelo órgão federal. Enquanto a Vale e o Dnit não chegam a um acordo, os moradores dos dois bairros, que não querem correr riscos nas pistas, precisam dar uma volta de quase dois quilômetros para trafegar de um lado para outro. Mas, na prática, só quem está de carro no Nova Esperança percorre essa distância. Quem precisa ir à padaria ou mercearia no bairro vizinho, estudantes, usuários das unidades de saúde e trabalhadores preferem se arriscar sobre a rodovia e a ferrovia. Andam 500 metros e chegam ao Santa Terezinha.  “Gabiru”Além de terem ficado parcialmente “ilhados” entre o rio Piracicaba e o contorno rodoviário da BR-381, os moradores do bairro Nova Esperança também reclamam de acesso clandestino ao contorno rodoviário. Como a obra não previu a construção de alças para o acesso seguro na entrada e saída de Timóteo, motoristas trataram de encontrar a solução por meio de acessos irregulares. Um dos acessos mais utilizados fica justamente na entrada do Nova Esperança. O motorista de um pequeno caminhão-baú que entrega laticínios, Carlos Antônio de Pádua, disse que freqüentemente faz o trajeto entre Timóteo e Ipatinga. “Aqui pelo contorno é bem melhor do que dar a volta por Coronel Fabriciano. Dizem que esse gabiru aqui é irregular, mas se todos fazem uso dele,  por que eu não usaria?”, questiona. Com o aumento do número de motoristas que espertamente usam o tal “gabiru”, os moradores do Nova Esperança não tiveram outra saída senão improvisar quebra-molas para evitar acidentes. Na tarde de sexta-feira, quando a reportagem esteve no local, o trânsito era intenso. ProjetosO Dnit confirma que já recebeu solicitação de uma “solução técnica” para atender a demanda de Timóteo em relação ao contorno rodoviário. Os engenheiros do Dnit insistem, no entanto, que o contorno rodoviário da BR-381 foi construído para agilizar o tráfego nesse trecho da BR-381 no Vale do Aço. “À medida que forem sendo construídas alças e aumentando as construções às margens da rodovia, o trânsito voltará a fica estrangulado”, afirma o engenheiro responsável pelos projetos da BR-381 – Norte, Carlos Rogério Caldeira.Alex Ferreira
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