02 de agosto, de 2008 | 00:00

Você se lembra em quem votou nas eleições 2004?

TIMÓTEO - Em épocas como essa, com carros de som espalhados pelas ruas, panfletos que sujam a cidade e não conseguem comunicar nada, a pergunta que se faz é sempre é a mesma:Em quem eu vou votar? Em um ‘mar’ de corrupção política, a visão crítica do cidadão não consegue ser apurada ou filtrada, já que as promessas continuam sendo as mesmas e raramente há escolha.Recentemente, em um programa de humor de grande audiência da televisão brasileira, repórteres realizaram um ‘quiz’ com os candidatos a prefeito da cidade de São Paulo.As questões deixaram os políticos contra a parede. Perguntas como: “O que está escrito na bandeira do Estado e o que ela significa?” foi à única que obteve 90% de acerto entre os mesmos.A perguntas como: “Quais são as deficiências da cidade?”, apenas dois deles conseguiram, de fato, responder.Como podemos entregar nossos impostos a uma Prefeitura ineficaz? Porque, de acordo com o significado, prefeito diz respeito a “chefe da Prefeitura”, ou seja, prefeito é o autor de todas as boas e más decisões para um município, que são tomadas por ele.O site da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) passou a divulgar os nomes de todos os candidatos que respondem a processos judiciais, e seria interessante se todo cidadão analisasse o currículo dos candidatos. Afinal, votar em um político que tem o nome sujo até com a Polícia Federal seria uma irresponsabilidade nossa.Com tanta discussão, a Aciati/CDL decidiu ir às ruas e questionar os timotenses: Você se lembra de qual candidato escolheu nas eleições de 2004? Ele fez um bom trabalho por você? Você votaria nele novamente?O setor de comunicação da Aciati/CDL perguntou e, entre os entrevistados, apenas um não se lembrou em quem havia votado.Rosa Gonçalves, autônoma, foi enfática:“Eu me lembro em quem votei, mas nunca mais votaria nesta pessoa, porque ela me decepcionou muito”, disse.Segundo o aposentado Geraldo Alves da Silva, lembrar do nome do candidato em quem votou é fácil. Ele ainda salienta que, apesar de tudo quanto foi coisa errada de que o seu candidato foi acusado, se o mesmo fosse absolvido votaria nele novamente.“Acredito que o meu candidato das eleições anteriores foi um bom político e trabalhou pela nossa cidade”, disse Geraldo.Já o ex-comerciante Finoamor Soares da Costa diz que, quando vota em alguém, não pensa em retorno para ele, e sim para cidade. “Votei achando que o meu candidato faria alguma coisa pelo comércio de Timóteo, o que não aconteceu, então eu não voto mais nele”, concluiu.De acordo com o associado, proprietário da ‘Nossa Loja’ e diretor do Conselho Fiscal da Aciati/CDL, Nívio Procópio Lage, o fato de não ter conseguido ver o seu candidato eleito o impede de opinar mais criteriosamente. “Lembro em quem votei, mas não elegi ninguém e penso que votaria nesta pessoa outra vez”, disse.A associada e proprietária do Curiango Lanches, Cibele Duarte Brettas, diz que lembra em quem votou e foi exatamente essa escolha que a fez prometer não votar em mais nenhum candidato.“Da última eleição pra cá, eu fiz uma proposta a mim mesma: só vou votar nulo, porque não acredito mais em nenhum político, enquanto não houver uma real mudança na mentalidade e na atuação dos políticos”, concluiu Cibele.