17 de julho, de 2008 | 00:00

Coqueria 3 mantida em Ipatinga

Superintendente diz que extinção úmida terá redução de enxofre

Fotos: Alex Ferreira


Rômel: “coqueria 3 ainda terá sistema de extinção úmida”
IPATINGA – Detalhamento para a comunidade do Plano de Desenvolvimento da Usiminas no Vale do Aço na terça-feira, 15, colocou em discussão também a construção das coquerias. As dúvidas giravam em torno do local da construção da coqueria número 3. O equipamento seria construído fora da Usina Intendente Câmara ou na nova usina em Santana do Paraíso? Outra dúvida levantada é sobre o sistema de resfriamento dos novos equipamentos, que estão ligados diretamente ao potencial poluidor, principalmente com a emissão de gases de enxofre.Conforme o superintendente Rômel Ervin, a coqueria 3 faz parte do projeto da Usina Intendente Câmara e será construída em Ipatinga para reduzir a dependência da empresa de compra de coque. Segundo Rômel, o projeto prevê resfriamento com extinção úmida. “O que existe de novo nesse projeto da coqueria 3 é que nós já entramos com o processo de dessulfuração de todo o gás de coqueria, não só da 3, como também da número 2”, explicou. Acrescentou que, com a entrada em operação da coqueria 3, a coqueria 1 será mesmo desativada. Os projetos levam em conta o peso do processo de coque para a siderurgia. Rômel explicou que o preço do carvão, que era de US$ 100 a tonelada, chega agora a US$ 300. Sem condição de produzir todo o coque em Ipatinga, a Usiminas ainda importa até 500 mil toneladas de coque por ano. O preço do produto importado atinge a casa dos US$ 700 a tonelada. “Portanto, a busca da auto-suficiência nas coquerias é considerada indispensável”, concluiu.

Janot: “quarta coqueria terá extinção a seco”
Nova usina terá duas coqueriasO diretor de Desenvolvimento da Usiminas, Márcio Janot Pacheco, confirma que, na nova usina, em Santana do Paraíso, serão construídas duas coquerias com apagamento a seco. Cada uma terá capacidade para produzir um milhão de toneladas/ano. A coqueria 4, na nova unidade, também teria dessulfuração de gás. O diretor explica que, no apagamento a seco de uma coqueria, em vez de jogar água, que provoca a emissão de vapor com o lançamento de resíduos de coque, a extinção ocorre a vácuo, com uma caldeira que não deixa sair a poluição.Márcio Janot disse que há questionamentos sobre uma moderna coqueria na Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), em Vitória (ES), e que não gera gases. Segundo o diretor, trata-se de um projeto inviável para a Usiminas, porque os gases gerados em coquerias são utilizados para tocar a usina inteira. “Do ponto de vista de poluição, isso pode ser reduzido, tanto em um modelo quanto em outro, porque o projeto das novas coquerias prevê mecanismos e filtros licenciados mundialmente para reduzir as emissões aos padrões aceitáveis”, concluiu Janot.Alex Ferreira
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