18 de junho, de 2008 | 00:00

‘É preciso dormir melhor’

Autor de livro que fala da qualidade de vida aliada à dieta e uma boa noite de sono, Nuno Cobra falou para empresários em Ipatinga

Wôlmer Ezequiel


Ao lado de empresários da região, Nuno Cobra (ao centro) destacou a melhora do rendimento do funcionário aliada a uma boa atividade cardiovascular
IPATINGA – Formado em Educação Física em São Carlos (SP) e pós-graduado pela Universidade de São Paulo (USP), Nuno Cobra é daquelas pessoas que fazem jus à profissão que têm, mesmo que tenha aversão aos exercícios físicos habitualmente praticados em academias. O preparador físico, que esteve no Centro Cultural Usiminas, no Shopping do Vale do Aço, na última segunda-feira, onde proferiu palestra para empresários da região, ficou famoso por ter trabalhado e treinado durante dez anos o tricampeão de Fórmula 1 Ayrton Senna. De imediato, ele explicou que os trabalhadores rendem pouco nas empresas porque não sabem aproveitar o valor do próprio corpo.“O correto é dormir às 9h e acordar cedo, às 5h, 6h da manhã. Hoje as pessoas dormem tarde, acordam cedo e demoram a render numa empresa. A polaridade está errada. É preciso mudar isso”, ensina Cobra. Para ele, não há nada de mais errado que dormir por volta de meia-noite, uma hora da manhã, como, segundo ele, comumente é feito pela maioria das pessoas. “Quando as pessoas acordam os reflexos ainda estão ruins e as pessoas vão trabalhar nas empresas ‘dormindo’. Falta oxigênio no cérebro e não há como render o suficiente”, ressalta.Para evitar que o sono atrapalhe e comprometa o desempenho nas empresas, as pessoas devem realizar um trabalho gradativo de exercícios físicos, numa rotina diária. “Começando com caminhadas leves, sempre em equilíbrio de oxigenação e não essa corrida disparada que se vê por aí, que só maltrata o corpo. Exercícios físicos levam a pessoa a fazer as coisas melhor, com mais vitalidade, com vontade”, esclarece Nuno Cobra.Ele destaca também que deve partir das empresas o incentivo aos funcionários para a prática de exercícios, uma vez que isso vai estar diretamente relacionado com o rendimento da empresa. “Desenvolver as atividades cardiovasculares nas empresas, baseado em integração entre corpo, mente, espírito e emoção, enxergando o homem como um todo”, destaca.RespiraçãoNuno Cobra destaca o fato de as pessoas não saberem regular a própria freqüência cardíaca. “Por mais que a tecnologia tenha chegado com força total em todos os setores e com os cidadãos tendo posse de todos os recursos disponíveis, é necessário que as pessoas voltem o foco para si. Especialmente nas empresas, local onde o ser humano é o diferencial”, ressalta Cobra.Ele explica que as pessoas precisam aprender a controlar a respiração e o consumo de oxigênio, atitude que modificaria positivamente o desempenho das pessoas no dia-a-dia. “Conhecendo a si mesmo as pessoas trabalham e rendem mais. Vivem com exuberância. É preciso que as empresas desenvolvam um trabalho cardiovascular para que as pessoas comecem a render mais”, pontua o preparador físico.Cobra acredita que no futuro, nos currículos das pessoas, vai aparecer o potencial cardiovascular (VO2 máximo) de cada um, que é o volume máximo de oxigênio que o corpo consegue pegar dos pulmões e transformá-lo em energia. “Dessa forma, quem obtiver bons resultados cardiovasculares consegue desempenhar uma função com mais vontade do que outras”, pontua.Roberto Bertozi
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