11 de junho, de 2008 | 00:00

Segurança alimentar em pauta

Plenária define ações para garantias mínimas de alimentação

Alex Ferreira


Consea: ações de segurança alimentar em 23 municípios da região
FABRICIANO – Reunião plenária do Conselho Estadual de Segurança Alimentar ontem, em Coronel Fabriciano, reuniu representantes de 12 municípios envolvidos com a discussão da garantia mínima da alimentação. Na plenária ficou definido que a coordenação regional do Conselho de Segurança Alimentar fica agora com Elias Oliveira Soares, de Coronel Fabriciano, sucessor de Creuza Ferreira dos Santos, que estava há quatro anos no cargo. Também foi escolhido como conselheiro José Francisco Garcia, o Chico Panorama, de Ipatinga. A atividade do órgão vinculado à Secretaria de Estado de Governo é chamar representantes da sociedade para o desenvolvimento de projetos de garantia de alimentação. A composição do conselho é feita por líderes comunitários, religiosos e representantes de entidades sociais.  A plenária ontem em Fabriciano foi acompanhada pelo assessor técnico do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável, Marco Antonio Dieguez. No entendimento do técnico, um dos maiores problemas da segurança alimentar no Vale do Aço, está localizado na área rural do entorno da região, onde prevalece a monocultura do eucalipto. “Essas áreas são tomadas pelas grandes plantações, criam ilhas de produtores familiares e isso gera insegurança alimentar”, observa. Atualmente, o governo mineiro avalia o Plano Estadual de Segurança Alimentar que, segundo Marco Dieguez, foi elaborado de acordo com a realidade de cada região no interior do Estado. Trata-se de uma proposta do que fazer e como fazer nas diferentes regiões de Minas, para combater as dificuldades de alimentação da população carente. “Para manter os projetos já existentes, este ano o Consea conta com R$ 14 milhões para todo o Estado. É pouco diante de tantos projetos que temos”, admite.  Projetos precisam ser sustentáveisEntre os programas desenvolvidos por meio das ações do Conselho de Segurança Alimentar, Marco Dieguez cita o Minas Sem Fome, desenvolvido em parceria com a Emater, implantação de hortas, criação de aves, apicultura comunitária e programas na área da saúde. “Fizemos um estudo detalhado desse programa e propomos sua expansão. Muitas idéias já foram aprovadas”, acrescenta. No entanto, durante a reunião em Fabriciano não faltaram dirigentes comunitários de vários municípios, que pediram mais esforço ao Consea para ampliar as ações em seus redutos.  Ao fim da plenária saiu a definição para reuniões municipais do Consea: dia 17 de junho o conselho se reúne em Periquito; 18 em Braúnas; 21 em Pingo D’Água; 24 em Iapu; 2 de julho em Ipatinga; 3 em Fabriciano; 2 de agosto em Antônio Dias; 5 em Joanésia e 25 em Timóteo. As reuniões localizadas, destaca Dieguez, buscam estudar o desenvolvimento dos projetos executados em cada lugar. “Precisamos insistir para que esses projetos sejam sustentáveis e as famílias aprendam a andar sozinhas”, conclui o técnico do Consea.
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