07 de junho, de 2008 | 00:00
Copasa monitora crescimento
Plano de expansão sintonizado com projeções do IBGE para 2028
Bruno Jackson
Valério Maximo: “Temos capacidade para fazer frente ao crescimento demográfico na região, tanto na produção de água, como no tratamento de esgoto”
FABRICIANO A essência do plano de expansão da Copasa no Vale do Aço foi apresentada ontem pela manhã, no teatro João Paulo II, no Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste-MG). A palestra fez parte do penúltimo dia de programações do V Congresso da Área de Ciências Exatas (Conciex). Durante toda a semana foram ministradas palestras, acompanhadas de debates, associadas ao tema central Crescimento Industrial na Região Metropolitana do Vale do Aço”. Durante a palestra, ficou evidente que a Copasa está preocupada com o crescimento demográfico no Vale do Aço, especialmente em função da expansão do parque industrial da Usiminas, prevista para 2009. A empresa de saneamento também já traçou um plano de expansão, que leva em conta os próximos 20 anos. A primeira grande investida será a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), no bairro Amaro Lanari, às margens do rio Piracicaba, que começa a ser instalada este ano e deve ser entregue em 2009. A construção de outras ETEs na região está nos planos da Copasa, mas ainda em fase de estudo. Por enquanto, há a certeza de que a Copasa vai atender a alguns bairros de Santana do Paraíso, que ainda enfrentam dificuldades no tratamento de esgoto. Vamos integrar os bairros de Paraíso, que são limítrofes a Ipatinga, à ETE Ipanema, a nossa unidade principal, que fica na confluência do ribeirão Ipanema com o rio Doce”, afirma Valério Maximo Gambogi Parreira, do Departamento Operacional Leste da Copasa. Atualmente, a empresa possui três ETEs, todas em Ipatinga. O engenheiro de Minas Carlos Alberto de Freitas, que trabalha com a divisão de recursos hídricos da Copasa, palestrou ontem no Unileste. Ele frisou a importância de o corpo técnico da empresa estudar os mananciais de água da região. É a divisão de recursos hídricos que define a fonte de produção de água para o abastecimento da população. Temos duas equipes neste setor, os hidrogeólogos, que estudam os mananciais subterrâneos, e os hidrólogos, para avaliação de mananciais superficiais. Estes profissionais atestam, entre outras coisas, a qualidade dos recursos hídricos da região e apontam os tratamentos que eventualmente precisam ser feitos na água”, explica Carlos Alberto. PreocupaçãoA Copasa está preocupada com o iminente aumento populacional no Vale do Aço em virtude da expansão industrial. O último censo do IBGE mostra que Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo totalizam uma população de 426.253 pessoas. A projeção para 2028 é um salto para 535.921 moradores. Não podemos desconsiderar esse aumento demográfico. Mas é importante ressaltar que a Copasa está capacitada para atender a demanda dos próximos 20 anos”, garante Carlos Alberto de Freitas. Temos ciência de que, com a expansão da Usiminas, as pessoas não irão morar apenas em Ipatinga. Coronel Fabriciano e, principalmente, Santana do Paraíso, onde está crescendo o número de loteamentos, também vão receber muita gente. Por isso nos preparamos. A Copasa tem capacidade instalada e de investimento para fazer frente a esse crescimento, tanto na produção de água, como no tratamento de esgoto”, garante o engenheiro Valério Gambogi Parreira.Metais são separados da águaA Copasa opera com duas Estações de Tratamento de Água (ETA) na região, uma em Coronel Fabriciano e outra em Timóteo. As duas atendem a Ipatinga e Santana do Paraíso. Entre outros procedimentos, as ETAs são responsáveis por eliminar o excesso de ferro e manganês da água. Estes dois metais estão presentes de forma marcante nos rios da região, em parte pela própria característica geológica do Vale do Aço. Na ETA, usamos o cloro para oxidar o ferro e o manganês. Após o processo de decantação, o excesso desses metais é retirado da água, para que ela chegue com qualidade à população”, diz o engenheiro do Departamento Operacional Leste da Copasa Valério Maximo Gambogi Parreira. O engenheiro informa que, atualmente, a capacidades das ETAs é para tratar 1.2 m³/seg de água, mas as estações tratam apenas 0.8 m³/seg. Se a nossa capacidade total de tratamento não é utilizada, reforça a certeza de que a Copasa está preparada para tratar a água do Vale do Aço nos próximos anos”, pontua Valério Maximo.Bruno Jackson
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