05 de junho, de 2008 | 00:00

Viaduto Prainha na reta final

Obra de grande porte na BR-381 em Nova Era tem pilar de 98 metros

Fotos: Wôlmer Ezequiel


Treliça leva peças pré-moldadas entre vãos do viaduto gigante
NOVA ERA – Iniciada em 2006, a obra do Viaduto da Prainha, nas proximidades do km 317 da BR-381, no trecho de Nova Era, deve ser concluída em outubro. O viaduto tem 506 metros de extensão e 13,10 metros de largura. Vai comportar duas pistas no sentido Ipatinga e uma no sentido João Monlevade. O mais alto dos 11 pilares mede 98 metros de altura. O próprio engenheiro do Dnit Carlos Rogério Caldeira disse, ao passar pelo Vale do Aço no começo do ano, que o viaduto não era a melhor solução técnica para o trecho, mas que teria continuidade a fim de evitar o desperdício do dinheiro público investido na fundação dos pilares. Mesmo em meio a polêmicas, a obra está em fase de conclusão.  A assessoria do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) não soube informar o custo do viaduto, mas informou que a obra está incluída em um projeto do Ministério dos Transportes orçado em R$ 149.515.811,46. O “pacote” para o trecho da BR-381 entre Nova Era e Antônio Dias, sob responsabilidade da ARG Engenharia, inclui a construção do viaduto, alargamento, recapeamento de pista e nova sinalização. O prazo de conclusão previsto em contrato vence no dia 6 de outubro próximo. O viaduto, destaca a assessoria do Dnit, vai eliminar um trecho sinuoso, marcado por constantes deslizamentos de encostas e pelo elevado índice de acidentes na BR-381.A construtora do Viaduto da Prainha chegou a empregar até 240 homens na fase de pico da obra. No momento, o canteiro conta com 100 operários. Entre esses trabalhadores está o mestre-de-obras Sebastião Nicolau, 56 anos. Natural de Santa Maria de Itabira, onde tem família, Nicolau está há 20 anos “no trecho”. Já trabalhou em projetos rodoviários em São Paulo, Rio de Janeiro e outros Estados brasileiros, e pernoita nos alojamentos perto dos canteiros de obras. Disse que não há temores em trabalhar “nas alturas”, caso do Viaduto da Prainha, mas destaca que os procedimentos de segurança são rigorosos para evitar acidentes. “Tanto é que estamos avançando rumo à conclusão desse viaduto sem registro de acidentes graves”, observa. Segundo ele, em uma obra que começa em um lado da montanha e termina do outro, a comunicação é indispensável. As equipes no canteiro mantêm contato permanente via radiocomunicador. Todas as operações precisam ser informadas. Tião, como o mestre-de-obras é chamado no trecho, afirma que o sentimento de dever cumprido só ocorre quando vê a obra inaugurada e passa por ela o primeiro carro.    

William acompanha a obra do Viaduto da Prainha desde a fundação
Engenharia O engenheiro William Eduardo Castro é o responsável pela construção do Viaduto da Prainha, na BR-381. Acompanha a obra desde a primeira sondagem de terreno para a construção da base e conta que emprega uma engenharia chamada de “balanço sucessivo com aduela pré-moldada”. O engenheiro explica que o balanço sucessivo é uma montagem feita com peças de concreto montadas entre vãos de 43 metros e sustentadas por cabos de aço. “As peças são fabricadas no próprio canteiro e, quando preparadas, são lançadas por uma treliça”, explica. No canteiro de obras uma ponte rolante funciona sem parar no transporte das peças pré-moldadas. Na manhã de quarta-feira, quando a reportagem esteve no local, os operários acabavam de concluir o terceiro vão do viaduto e, nesta sexta-feira, começarão a lançar as peças no quarto vão sentido Ipatinga/João Monlevade. Após a instalação das peças, o engenheiro explica que no complemento será realizada a pavimentação da pista e construída a mureta de proteção. Como se trata de um local isolado, o projeto do Dnit não contempla áreas de escape para pedestres, mas William Eduardo acrescenta que o viaduto terá uma faixa de segurança com 80 centímetros de cada lado. O engenheiro da ARG afirma que, em Minas Gerais, existem viadutos e pontes mais extensas, mas destaca que o Viaduto da Prainha é uma das obras rodoviárias mais altas do Estado. 
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