05 de junho, de 2008 | 00:00

Ecologicamente corretos

Alunos do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental realizam plantio de espécies nativas da Mata Atlântica no Tribuna

Divulgação


Os estudantes realizaram o plantio de 25 espécies nativas
FABRICIANO - A primeira Calourada do Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental do Unileste foi concluída com uma atitude ecológica. Conforme promessa da coordenação, as emissões dos Gases de Efeito Estufa (GEEs) contabilizadas durante o evento foram posteriormente neutralizadas. No feriado religioso de 22 de maio, os estudantes realizaram o plantio de 25 espécies nativas da Mata Atlântica na comunidade rural do Tribuna, município de Ipatinga. O Instituto Eco Futurismo, responsável pelo cálculo da quantidade dos GEEs emitidos durante o evento, levou em conta os dados de um formulário preenchido pelos participantes da Calourada, que indicava o meio de transporte, a potência do motor do veículo, distância percorrida, número de ocupantes, o consumo de água e energia elétrica durante o evento. Esses dados foram inseridos em um software que faz a conversão em um valor equivalente à quantidade dos GEEs emitidos. A partir dessa avaliação, foi definido o número de espécies que deviam ser plantadas para que essa emissão seja neutralizada ao longo do crescimento das plantas. Na opinião de Vinícius Vieira Senna, coordenador geral do Centro Acadêmico, essa iniciativa demonstra que é possível minimizar os impactos de um evento que serve para a confraternização dos estudantes, veteranos e calouros. “É importante realizar o plantio de espécies arbóreas de um bioma reduzido a apenas 7% da sua cobertura original no Brasil”, observa.Para a coordenadora de Projetos e Pesquisa, Cláudia Marta Bueno, agora começa outra etapa do projeto. “Vamos promover a realização de pesquisas ao longo do período de crescimento dessas espécies no local, que é uma referência em educação ambiental na região da APA-Ipanema”, garante Cláudia, elogiando o trabalho de preservação no Sítio do Zaca, como é conhecido o agricultor José Zacarias.Iniciativa exemplarO professor da matéria Manejo de Bacias Hidrográficas do curso de Engenharia Ambiental do Unileste, Millor Sabará, afirma que a iniciativa dos alunos é exemplar e louvável, e que deveria ser seguida por outras instituições e até pelo poder público. “A ONU pediu que fossem plantadas 8 bilhões de mudas de árvores este ano. Particularmente no Vale do Rio Doce, que já foi tão devastado pelo homem a ponto de restarem na região apenas 5% de cobertura nativa e 80% de pastagens, essa iniciativa permitiria a reposição dos quase 99% de matas ciliares perdidas ao longo dos anos nos 8,5 milhões de hectares da área da bacia hidrográfica”, cita o professor.Millor Sabará aconselha o uso de áreas degradadas para o plantio de espécies de rápido crescimento, além do reflorestamento de conservação e um programa de legalização de áreas a serem recuperadas nas propriedades rurais próximas ao curso do rio. Providências que trariam uma rápida qualidade da melhoria da água, com reflexos positivos não só para a região, mas para toda a humanidade.
Arquivo/DA


Pietro Chaves: políticas públicas voltadas para o meio ambiente
Belo Oriente investe forte na preservação do meio ambienteA Prefeitura de Belo Oriente é uma das aliadas na luta pela preservação e proteção ao meio ambiente no Vale do Aço. Uma das principais ações da atual administração foi o fechamento do Lixão, no dia 5 de junho de 2005. Localizado entre os distritos de Perpétuo Socorro (Cachoeira Escura) e São Sebastião de Braúnas, o local se transformou em um bota-fora de podas de árvores e restos de material de construção (entulhos). De acordo com o prefeito Pietro Chaves (PDT), que também preside a Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Aço (Amva), a iniciativa possibilitou que o lixo domiciliar e a coleta hospitalar passassem a ter destinação correta, sendo tratados e depositados no aterro sanitário de Santana do Paraíso. “Esta é uma das provas de que o nosso governo está comprometido com políticas públicas voltadas para as questões ambientais”, assinalou Pietro Chaves, lembrando que o aterro, localizado na cidade vizinha, é controlado pela Vital Engenharia.Educação ambientalOutra reivindicação antiga dos ambientalistas locais, a criação da Área de Proteção Ambiental (APA), também foi atendida pela atual administração, tendo, até mesmo, um Plano de Manejo. A medida era necessária porque existem diversas nascentes, olhos d’água, margem de lagoas, matas ciliares, matas de topo e córregos que careciam de ação específica do poder público em termos de preservação. Agora está em fase de implantação o Projeto Hidro/BO, que trabalhará a recuperação de nascentes específicas da área do Córrego do Simplício e Alto do Galo. “Já caminhamos bastante, mas reconhecemos que temos muito que avançar para proporcionarmos à natureza a proteção que ela precisa”, afirma o ambientalista e secretário de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, Geraldo Antero de Barros. Coleta seletivaAntero informou que, paralelo a isso, está em pleno desenvolvimento no município o Projeto de Coleta Seletiva. As atividades são desenvolvidas em parceria com a Associação dos Catadores de Material Reciclável de Belo Oriente. “É uma ação que está crescendo muito. O apoio da Prefeitura tem sido fundamental para a organização do setor em todo o município”, afirmou o secretário.Mas, de acordo com a secretária de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Hilcimar Morais, as ações que mais têm dado resultados positivos são aquelas que envolvem os estudantes. Ela explica que a sala de aula, por exemplo, passou a ser o local para ampliar as discussões em torno da preservação do meio ambiente. “É muito gratificante ver o envolvimento da comunidade, principalmente os estudantes. Eles estão sendo despertados para esta questão crucial para o futuro do planeta”, ressaltou a secretária.
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