03 de junho, de 2008 | 00:00

Túmulos perpétuos seguem suspensos

Município vai utilizar 12% do Parque Vale da Saudade para enterros gratuitos

FABRICIANO – Ainda neste mês, uma reunião entre o prefeito Chico Simões (PT) e a proprietária do Parque Vale da Saudade, Sonja Ione Neves Costa, vai definir as regras para que o município passe a enterrar fabricianenses, gratuitamente, no cemitério particular localizado no bairro Todos os Santos, próximo ao novo Ceresp. Isto porque o cemitério municipal Senhor do Bonfim está com a capacidade cada vez mais saturada, o que impede, por exemplo, que os munícipes construam túmulos e garantam a perpetuidade dos entes queridos.Atualmente, os corpos são enterrados em covas duplas, separados por concreto, conforme rege a lei. Um decreto de 2005 garante a não comercialização de espaço.Acordo“O cemitério é um bem público e, como a área já está bastante ocupada, tivemos que suspender as vendas. Da forma como estamos fazendo agora, certamente o cemitério do Bonfim vai nos atender por muito tempo”, avaliou o prefeito. De acordo com a lei em vigor, a cada cinco anos os restos mortais são retirados e colocados num ossário, de forma que haja uma reciclagem dos espaços e novas pessoas possam ocupar as covas. Simões adiantou que as bases para um acordo que garante a transferência de enterros para o cemitério Parque Vale da Saudade já foram definidas. “É provável que ainda este ano fabricianenses possam ser enterrados, gratuitamente, no cemitério do bairro Todos os Santos”, afirmou o prefeito.O Parque Vale da Saudade possui área de 130 mil metros quadrados, sendo que o município detém 12% do terreno. “Este espaço é destinado à população carente de Fabriciano. Serão aproximadamente dois mil jazigos duplos, em caixas de concreto armado, respeitando as normas ambientais e a padronização do próprio cemitério”, explicou Sonja Costa.JazigosNo Vale da Saudade não há túmulos. Inaugurado em 2004, existem aproximadamente 200 corpos enterrados no local, em jazigos construídos em concreto armado, de forma que a preservação ambiental esteja garantida. Sonja Costa disse que na área disponibilizada à população carente também será feito o sistema de exumação a cada cinco anos, com os restos mortais sendo depositados em um ossário a ser construído.Roberto Bertozi